“Orgulho e Preconceito” é um clássico do século XVIII,
na qual a autora (Jane Austen), faz várias críticas à sociedade da época,
focando principalmente nas classes média e alta. A história do livro vai além
do romance clássico. É interessante a forma como ela representa a futilidade
das mulheres da burguesia, se preocupando exclusivamente com casamento e fitas
para chapéus, personificado na Sra. Bennet e Lydia, o retrato perfeito da mãe.
O que mais apreciei nessa
leitura foi a sutileza nas ironias, geralmente conduzidas pela protagonista,
Elizabeth Bennet, e a evolução gradativa dos personagens, que ocorria através
de sentimentos. Em uma avaliação geral, a maior mudança foi do Sr. Darcy, que
inicialmente era um homem arrogante e pouco sociável. Entretanto, pouco a
pouco, ele parava de deixar-se levar pelos pré-conceitos que tinha, devido ao
seu amor reprimido por Elizabeth.
A meu ver, o principal
conflito ocorrido no livro, a respeito da fuga da filha mais nova da família
Bennet com o Sr. Wickham, foi causado pela falta de comunicação entre os membros
da família, tema que foi muito bem abordado na adaptação recente, “O Diário de
Lizzie Bennet”. A qual é justificado pelo uso abundante das filhas das mídias
sociais, fato que dificultou a comunicação.
Em geral, gostei muito da
ousadia de Jane Austen em avaliar o comportamento da sociedade e contrapor com
um romance quase platônico de Darcy e Elizabeth, e como isso pode mudar o
caráter e as intenções de alguém. Mais pertinente ainda é perceber como o
preconceito entre classes, orgulho próprio e até mesmo o autoconhecimento acaba
prejudicando as relações interpessoais no século XXI. E esse também é um
problema atual, o que na minha opinião é o que torna o romance imortal.
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