>Publicado pela Panini, formato bimensal, preço de capa de R$18,90; contém 9 capítulos e cerca de 280 páginas, capas produzidas por desenhistas diferentes (a 1ª edição conta com desenhos do Frank Miller -sim, aquele mesmo do Demolidor; Batman: o Cavaleiro das Trevas e afins- e Lynn Varley).
>Publicado pela primeira vez em 1970, escrito por Kazuo Koike e com desenhos de Goseki Kojima.
A primeira edição de Lobo Solitário mostra que o mangá veio para chegar. Ao longo de 8 capítulos temos Itto Ogami, e seu filho, Daigoro, realizando diversas missões de assassinato em troca de dinheiro. Daigoro é uma criança de aproximadamente 3 anos de idade, usado constantemente pelo seu pai como distração ou arma para que este realize os assassinatos. Itto carrega o teu filho para cima e para baixo em um carrinho que tem uma bandeira escrita:"Alugo minha espada e meu filho", assim os interessados podem contratá-lo e a criança junto. Porém há uma condição: ao contratar Itto Ogami, ou mais conhecido como Lobo Solitário, terá que dizer quem quer matar e por qual motivo; assim o Lobo poderia ver se acha justo o assassinato de tal pessoa e ainda sair com o nome limpo da situação, sem que ninguém soubesse que passou por ali.
Mas afinal, por qual motivo Itto precisa desse dinheiro? Para se sustentar? Sim, também; mas o foco aqui é o caminho da vingança, o Meifumadou (do japonês, "caminho errante do mundo dos mortos").
Itto Ogami, um dos grandes Executores do Shogunato Tokugawa (explicarei esses termos ao final do post, assim não comprometerei a leitura da resenha) sofreu uma conspiração criada pelo clã Yagyu, braço direito do Shogun, e teve sua esposa morta, restando apenas o pai e o filho, Itto e Daigoro, respectivamente. Em busca de vingança Ogami planeja a destruição da família Yagyu.
Destaque para a imagem a seguir:
Quando Daigoro era apenas um bebê, sua mãe foi morta devido à conspiração feita pela família Yagyu, nesse momento, antes dese tornar um perseguido, "um fora da lei que traiu o governo" e virar um Ronin, Itto oferece 2 caminhos ao filho: o caminho da bola, que faria o pai matar a criança pois esta atrapalharia sua vingança; ou o caminho da espada, no qual Daigoro acompanharia seu pai no Meifumadou. Daigoro escolhe a espada e daí começa uma série de aventura com as personagens.
Opinião:

Com 28 volumes para encerrar essa obra-prima, Lobo Solitário é um baita investimento, mas que cada página mostra o teu retorno. Não tenho esse hábito, mas se eu desse nota nas minhas postagens, esse certamente seria 5/5.
Curiosidades rápidas:
> Lobo Solitário inspirou Frank Miller a escrever Ronin (uma obra muito aclamada do mesmo), e Ronin inspirou na criação do desenho Samurai Jack;
>O retrato do Japão da Era Edo(1603-1868) é tão fidedigno que muitos historiadores usam o mangá como base para estudar as vestimentas e costumes da época;
> Lobo Solitário foi um dos mangás que popularizou os mangás no lado Ocidenta;
>Existe diversos filmes do Lobo Solitário, mas um que merece destaque é uma trilogia dirigida por
Kenji Misumi
Explicando alguns termos:
>Shogun: título dado aos comandantes militares que derrotaram os povos do norte ao tentarem invadir o Império Japonês desde o século VII, tal título seria usada para o governante militar do país durante a Era Edo;
>Clã: família (geralmente ligada à política ou de grande influência);
>Ronin: samurais que perderam seu título, não tem mais um laço de proteção com o daimyou, mas se recusaram a seguir o código de honra e cometer o seppuku (suicídio);
>Daimyou: grande senhor feudal, eram de suma importância, por isso eram protegidos por samurais - a Era Edo foi o auge dos samurais no Japão.
Obrigado por terem lido até aqui! Um forte abraço e até mais!
Cara, valeu demais a dica, tava mesmo procurando um mangá novo para ler!
ResponderExcluirÉ um baita mangá mesmo, Allan! Espero que goste! Qual o teu estilo? Se curte muito samurais, recomendo que procure por Vagabond (tem post aqui no blog sobre ele também)!
ExcluirAbraços!