Olá, pessoal!
O post de hoje é sobre um filme que, por incrível que
pareça, eu vi recentemente, mas sei que muitos já o viram e adoraram. Filmaço de 1995, dirigido por David Fincher, também diretor de “Clube da Luta”, este filme nos traz
várias reflexões e desperta em nós uma curiosidade, quase que nos instigando a
ser detetives deste caso. Hoje falaremos de “Seven” (ou se preferirem a
brincadeirinha no estilo “Vid4 L0k4”, “Se7en”)

Sinopse:
Em uma não determina cidade norte-americana, o
culto detetive de homicídios William R. Somerset, que está prestes a se
aposentar, é atribuído como parceiro o detetive jovem e impulsivo David Mills,
recentemente transferido da área de homicídios no interior.
Os detetives começam a
investigar uma série de assassinatos. O primeiro foi o homicido de um homem
obeso que foi forçado a comer até a morte, já o segundo foi um advogado forçado
a usurpar uma parte do corpo e sangrar até a morte.
Ao encontrar a vitima que
está relacionada ao pecado da “Preguiça” os detetives chegam à conclusão que
não se tratava de um assassino comum, ele era extremamente inteligente, perspicaz e planejava estes crimes há mais de um ano.
Atmosfera do filme:
Antes de mais nada é importante
lembrar que Mills, sua esposa, Tracy e Somerset, não parecem gostar da cidade onde
vivem, fica mais evidente do ponto de Tracy, pois ela realmente coloca numa conversa que
odeia a cidade. É impostante se lembrar disto durante o filme, já que lá sempre
está cinza, tudo muito obscuro, caótico, sempre chovendo, meio que mostrando, através da fotografia, o desgosto que os protagonista sentia pela cidade.

O caos é um ponto a ser
destacado, uma vez que anda lado a lado com a abordagem que às vezes o
personagem de Morgan Freeman coloca que é a maldade que existe no mundo, visto
na conversa que ele tem com Tracy onde diz não conseguia imaginar o motivo de
alguém querer trazer à este mundo tão perverso uma criança.
O pior é o que está implícito:
Ao contrário de grande parte
dos filmes que lidam com assassinatos, o que afeta o público e os deixa tensos,
não são cenas com muita violência ou gore (já que o próprio filme não traz muito isso), mas sim as que não são mostradas. São jogadas no filme simples ideias do que aconteceu, está
acontecendo ou vai acontecer, nada é mostrado, mas essa simples sugestão já
deixa o espectador extremamento tenso e agoniado pensando no destino daquela cena ou
de determinado personagem.
Isto é bem mostrado na cena final, onde o grande elemento surpresa (que falarei em seguida) nunca é mostrado, porém isso parece deixar a cena ainda mais agonizante e perturbadora, pois o público começa a precisamente imaginar o que seria.
Personagens muito cultos:
Este é um ponto que eu
realmente queria colocar, pois gosto desses filmes que buscam grandes obras
clássicas, que a maioria ignora, mas deveriam ser definitivamente colocadas em relevância
Os dois personagens mais
cultos do filme são o detetive Somerset e o assassino frio, que mais tarde se
apresenta como Jonh Doe (seria algo semelhante ao nosso “Fulano”). Para o
assassino, o seu conhecimento dos livros é deixado na forma de recados nas
cenas dos crimes e ainda bem que o detetive Somerset estava nele, pois ele
conhece bastante, lê bastante e pesquisa muito. Algumas das obras trazidas no
filme são trabalhadas bastante em alguns filmes, como “The Merchant of Venice”,
ao deixar o recado para o pecado da ganância, e também bastantes mapas do
inferno da obra “O Inferno de Dante”, além de bastantes diálogos e analogias que os dois detetives fazem à obra anterior.
SPOILERS
Não acho que deve avisar, mas
mesmo assim, se você ainda não assitiu o filme NÃO leia o que segue
O final:
O terceiro ato é um grande
suspense, o assassino diz aos detetives que ainda tem mais dois pecados,
portanto, mais dois corpos, lhes diz também que ficará marcado nas vidas deles,
especialmente na de David Mills, que não está muito convencido disso e acha que
depois de buscarem os corpos aparecerá uma notícia e logo todos se esquecerão
desta série de crimes.
Bom, o que David não contava
é que ele estava incluso nos sete pecados. Os últimos que faltavam eram a
inveja e a raiva, como foi mostrado no decorrer do filme o assassino, John Doe,
é inteligente, frio, preciso e calcula tudo nos mínimos detalhes, inclusive a
sua própria morte.

Desde o princípio do filme
vemos que ele é impulsivo e se deixa dominar facilmente por suas emoções,
especialmente a raiva, e claro Fulano arquitetou este plano e colocou o jovem
detetive entre a espada e a parede: se ele atirasse o ciclo dos pecados estava
completos, John Doe ganhava e a vida de David Mills seria destruída para
sempre, sua carreira, estava em jogo aqui, porém, sendo dominado por sua raiva,
Mills provavelmente pensou algo do tipo “não tenho mais nada a perder, ele
matou minha mulher e meu filho, por que eu não deveria matá-lo?”, foi algo
realmente complicado e que aumentou o suspense do final, pois ficamos nessa de “será
que ele atira ou não?”.
Somerset o lembrava diversas
vezes, enquanto David apontava a arma para o assassino, que se ele atira-se fulano
ganhava, vemos a dúvida e o temor estampados na cara do jovem detetive, mas
nada disso foi suficiente contra a raiva que sentia. Um final bastante sombrio,
que torna este filme tão marcante, pois no final, o mal vence.
Pessoal, por hoje é só,
espero que tenham gostado do post. Para os que ainda não assistiram o filme
corram para assistir agora!
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L Quinn |
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