Dunkirk - A guerra de forma sincera

Novo filme de Cristopher Nolan, "Dunkirk" aborda o evento histórico que foi a batalha de Dunkirk, que, para não me alongar na explicação histórica, deixarei um link de um canal do Youtube que acompanho e recomendo: o Nerdologia (mais especificamente o Nerdologia de História com o historiador Felipe Figueredo). É recomendado que vejam o vídeo para se aprofundarem na história do filme. Agora sem mais enrolações, vamos ao foco da postagem!

História do filme

O filme aborda a batalha de Dunkirk, que ocorreu durante a 2ª Guerra Mundial, quando tropas britânicas e francesas estavam cercadas por tropas alemãs na região de Dunquerque (ou Dunkirk) da França. Com o governo britânico querendo levar seus soldados de volta à sua terra natal, foi criada uma operação que visava resgatar 30 mil soldados, porém a situação acabou com o resgate de quase 400 mil soldados graças aos esforços da sociedade civil inglesa em ajudar o exército.
Sim, simplifiquei muito a história do filme, por isso gostaria que vocês assistissem o vídeo - ninguém melhor que um historiador para falar do assunto.

O Filme em si

Esse é um daqueles filmes que caso você goste do filme, não sairá pulando da sessão, mas sim um pouco surpreso, talvez meio abalado e  certamente grato pela experiência. "Dunkirk" não chamou minha atenção num primeiro momento, pois a temática de guerras é algo meio chato para mim, apesar de ocorrer de surgir um "Até o Último Homem" aqui e ali, geralmente não me surpreendo com os filmes. Que bom que "Dunkirk" chegou às telas para que Nolan possa mostrar que, apesar de ter sido explorado centenas de milhares de vezes nas produções hollywoodianas, ainda há muitas formas de se contar as histórias.

O filme é lento. É um mergulho na atmosfera de uma guerra, buscando a sobrevivência. O filme mostra 3 perspectivas da guerra em diferentes tempos (por isso é bom prestar atenção em tudo que ocorre): os civis que se prontificaram a ajudar no resgate dos soldados, os soldados que tentam retornar para sua terra e o piloto de avião. Nem é  tão necessário decorar nomes de personagens, os soldados por exemplo praticamente não falam, mas os atores conseguem fazer um trabalho tão bem feito que só o olhar deles falam por si só - feito louvável. Outro ponto de destaque está nos efeitos especiais que estão bem realistas - o filme em si é bem pé no chão. E por último mas não menos importante, a trilha sonora. Senhores, senhoras, caro leitor ou leitora, que trilha sonora... É um show a parte! Ela é brilhantemente usada e muitas vezes parece com um batimento cardíaco, acelerando em momentos de tensão, e quando chega a calmaria ela vai diminuindo gradativamente. Quando ela toca, você sabe  que algo vai acontecer - e geralmente, algo grande.

Algo que poderia falar que marcou muito é o visual. O filme não é bonito, ele tem uma estética suja, podre tal como a guerra é (dái o título do post); contudo existem vários momentos que o telespectador se depara com um "quadro filmado", no qual vemos um céu azul, um mar belíssimo, vazio e limpo. Ao meu ver a fotografia não foi tudo isso, mas quando a cena é bem montada não há o que reclamar, fica muito bem feito.

Vale a pena?

Vale sim, leitor(a). É preciso ter paciência para ver um filme assim, não há nenhum momento "Rambo", é bem lento mesmo, mas isso é essencial para o filme firmar sua identidade e prender o telespectador. Ademais, vale lembrar que é um filme de guerra, se não gostar da temática dificilmente vai gostar do filme. Acredito que este seja um daqueles filmes que vai concorrer ao Oscar, portanto não pense em deixá-lo para trás!