Olá pessoal! Hoje o post é um pouco diferente, pois não se trata apenas de um filme, se trata também de uma música, que, para quem é fã de Legião Urbana, já escutou diversas vezes, "Eduardo e Mônica"!
A música:
Quem aí nunca escutou o seguinte trecho: "Quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração, e quem irá dizer que não existe razão". Um clássico da música brasileira.
A música carrega o nome de seus protagonistas, Eduardo e Mônica, duas pessoas completamente diferentes, vivendo tranquilamente, até que se conhecem por acaso, surgindo um amor inesperado, que acompanhamos com muita atenção e carinho ao longo dos 4 minutos e 31 segundos de canção.
Legião Urbana foi uma das bandas mais amadas do país, tendo diversos sucessos como "Faroeste Caboclo - 9m31", "Será - 2m30", "Geração Coca-Cola - 2m23", dentre outros.
Infelizmente, o vocalista da banda, Renato Russo, veio a falecer de complicações do vírus do HIV em 1996, expondo ao público sobre sua doença e encerrando a trajetória da banda.
Mas claro que nós nunca deixamos esse marco da cultura brasileira morrer, escutando as músicas até hoje e duas delas viraram filmes, "Faroeste Caboclo - 2013" e "Eduardo e Mônica - 2022".
Foto dos integrantes da banda |
O filme:
Eduardo e Mônica é a música em tela, porém, com linearidade. Pela música ter apenas 4 minutos, ela fica "cortada", mas mesmo assim, entendemos de maneira clara a trajetória do casal.
O filme desmembra a música e, em cada momento, mostra detalhadamente a trajetória do casal que acompanhamos. E obviamente, a música está sendo tocada em nossas cabeças toda vez que reconhecemos um trecho.
O longa conta a história de um casal diferente (em todos os aspectos) que se conhecem por acaso em um lugar nada comum e agradável "festa estranha com gente esquisita", e mesmo com todas essas diferenças, eles criam uma conexão e um amor que da gosto de assistir.
Durante a história, além do amor deles transbordar em tela, vemos que nem tudo são flores e que começam a surgir problemas e conflitos com essas diferenças de vida, de gosto, de idade, e assim sucessivamente.
Porém, eles não deixam de se amar em nenhum momento, fazendo de tudo para continuarem juntos, ou pelo menos, continuarem próximos.
Identificação e trajetória:
Se em algum momento da sua vida, você já escutou a música, você sabe como a história termina, mas mesmo sabendo do final, a experiência do filme é muito gratificante. Mostra um casal inusitado, real, que enfrenta crises, problemas, momentos felizes, como qualquer casal comum e ao acompanharmos o jeito e visão de mundo dos dois lados, percebemos semelhanças com nós mesmos, com nossos parceiros e como, apesar de todas as complicações, eles enfrentaram tudo com maturidade e muito amor.
É um filme de romance? Sim. É um filme de romance clichê? Não. É um filme de romance real, verdadeiro, puro e divertido. É aquele filme no qual você ri, você se emociona, você se entristece, você se emburra e principalmente, você sorri. Porque é como se estivéssemos acompanhando um casal de amigos em sua evolução (tanto pessoal quanto de relacionamento), o filme é tão próximo da gente, que nós, logo de cara, nos apaixonamos por Eduardo e Mônica antes deles mesmos.
Além disso, respeitaram muito a música de Renato Russo, acrescentando o que foi necessário para complementar e dar sustentação ao filme, quanto mantendo a essência que ela carrega, e apesar das suas 1h55 minutos de duração, você nem percebe o tempo passar de tão imerso que você fica com a história.
Recomendo? Sem dúvidas, eu ameeeeei! Sou romântica incurável e suspeita para recomendar, mas personalidade a parte, vale muito a pena.
Trilha sonora e atuações:
O filme é ambientado nos anos 1980 (pois a música foi lançada em 1986) e junto da ambientação que ficou muito boa e realista, a trilha sonora veio carregada de sucessos oitentistas que todo mundo já ouviu e adora (eu amei pois adoro as músicas dos anos 80 e estava cantando várias durante o filme), além de algumas referências a banda, quando toca "Geração Coca-Cola" em dado momento do filme. Eu particularmente achei que as músicas combinaram muito com o filme e com o clima que ele passa.
As atuações eu também não posso pôr defeito. Gabriel Leone interpretou um típico adolescente de 16 para 17 anos enfrentando tudo o que a vida está cobrando nessa fase (como estudar e passar no vestibular) e um amor avassalador. Além disso, ele consegue passar com maestria os anseios e medos de um jovem nesta idade lidando com mulheres, o nervosismo de falar besteira, a vontade de se ver e tudo mais. Adorei também o fato de terem colocado aparelho fixo no ator, o que deixou ele mais perto do público quando tinha (ou tem) a idade dele no filme. Outro ponto legal foi o fato do ator encarnar muito bem um adolescente, tendo já seus 28 anos!
Alice Braga entregou uma Mônica que ama voar, é meio fora da casinha e ficou perfeita! Eu adorei o jeito dela, marrenta, mas amorosa, sem pés no chão, mas sempre com uma conexão em sua cidade natal. É uma mulher madura que mesmo depois de "velha" resolve embarcar em um amor improvável e arrebatador. Por não aparentar ter o costume de se apaixonar e ter esse sentimento retribuído, ela tem dificuldades em expressar seus sentimentos ao amado. Eu adorei o fato de que, mesmo sendo médica, ela não se prende apenas a isso, explorando outros gostos e aventuras. Ela dá vida a uma mulher culta, estudada e que mesmo assim, não deixa de lado a vontade de viver e se divertir.
Ano de lançamento: 2022
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