Olá, iniciantes!

Essa é a minha primeira postagem aqui no blog, e espero muito que vocês gostem!

Hoje vim aqui falar sobre uma série de livros MUITO boa: "A menina que não sabia ler".

Primeiramente, queria dizer que vale muito a pena comprar os dois volumes, mas que eles não são dependentes um do outro. Se preferir, pode ler o segundo livro antes do primeiro que isso não interferirá no envolvimento e entendimento da história.

O primeiro livro conta a história de Florence, uma garota que vive em uma imensa e escura mansão com seu irmãozinho Giles e os empregados. Sendo guardada como uma boneca de porcelana, ela é proibida de quase tudo, inclusive de aprender.

Mas, quando encontra a biblioteca trancada da mansão, tudo muda. Florence aprende a ler sozinha e não precisa inventar ela mesma suas próprias histórias, já que possui um arsenal logo ao lado.

E mesmo com todo esse saber, várias perguntas ainda precisam ser respondidas. Quem eram e o que aconteceu com seus pais? Por que ela sempre sonha com uma misteriosa mulher ameaçando seu irmãozinho caçula? Que segredos esconde a srta. Taylor? E o que levou seu tio a impedi-la de ler e aprender?

Florence precisa proteger seu irmão dos segredos daquela mansão e sua paixão pelos livros antes que alguém descubra este amor proibido. Ou será que tudo é apenas o fruto de sua imaginação?

Já o segundo livro, narrado alguns anos depois do primeiro, retrata a vida do médico John Shepherd em seu primeiro emprego como médico ajudante em um hospital psiquiátrico para mulheres, que fica em uma ilha isolada.

E tudo poderia ser normal, se coisas estranhas não acontecessem naquele lugar: uma enfermeira-chefe insolente; um dono arrogante com seus métodos de reabilitação (ou seria tortura?); uma paciente alucinada e violenta que perambula pelo hospital como se estivesse sempre à espreita; e, quem sabe, o próprio John Shepherd, que esconde muitos segredos.

Além de tudo, existe uma paciente que se destaca de todas as outras, com um brilho de inteligência e audácia no olhar. Atraente, bem humorada, não lembra o próprio nome, fala de modo estranho e nem se lembra de como chegou àquele lugar. Com todas essas características, foi escolhida pelo médico para ser sua cobaia com seu "tratamento moral", uma tentativa de trazer mais humanidade para suas pacientes.

John precisa pagar seus pecados, e sua paciente precisa de um pouco de liberdade e entendimento próprio. E então, como o próprio livro diz, "arrisque-se e tente achar uma saída no labirinto claustrofóbico criado em 'A menina que não sabia ler volume 2'".

Bem, ambos os livros são "claustrofóbicos", mas no bom sentido. Eu gosto do clima sombrio deles e o modo como os dois me transportaram para o cenário obscuro e intenso. "A menina que não sabia ler" me ensinou que a sanidade e a loucura estão separados por uma barreira muito frágil, e que qualquer toque pode fazer com que ela desabe.

São envolventes e muito bem escritos, com um lugar garantido na minha estante de livros preferidos.

Então, se você procura por uma ótima história e um texto bem escrito, se prepare para se apaixonar por "A menina que não sabia ler" e seu escritos, John Harding!