O livro é uma narrativa em primeira pessoa, baseando-se na visão de Mare Barrow. Na sociedade em que ela vive as pessoas são divididas entr...

A Rainha Vermelha – Victoria Aveyard

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O livro é uma narrativa em primeira pessoa, baseando-se na visão de Mare Barrow. Na sociedade em que ela vive as pessoas são divididas entre aqueles com sangue vermelho e sangue prata. As vermelhas são os pobres que nasceram para servir os nobres pratas, que por sua vez tem poderes, como a capacidade de controlar as chamas, ou os metais, ou ler mentes, entre outros, coisa que os vermelhos não possuem, sendo esse um dos motivos por serem rebaixados.

O lugar onde Mare vive está em guerra contra outro país, por isso os jovens são recrutados para lutarem. Os três irmãos mais velhos de Mare já foram convocados, e a próxima a ser chamada é ela. Somente os vermelhos vão para a linha de frente para a batalha, sendo assim a convocação para lutar é um convite para a morte. Os pratas participam do conflito, mas atuando como estrategistas e comandantes.

Entretanto, antes de ser chamada, Mare encontra um homem misterioso. Ela conversa com ele e no dia seguinte ela é chamada pelos pratas para ocupar o cargo de serva dos nobres. É neste dia que acontece um incidente que irá mudar toda a sua vida. Ela descobre que não é uma vermelha comum. Mas também não é uma prata.

O enredo é envolvente e bem criado. Se trata de uma sociedade hierárquica, e mostra as injustiças que os vermelhos sofrem só por nascerem com o sangue com cor diferente. Mas ao mesmo tempo mostra a visão daqueles que acham que se houver igualdade, haverá desordem. É revoltante, mas as vezes você entende que é compreensível. Por isso acho que a autora escreveu muito bem: conseguiu mostrar duas visões completamente opostas e fazer com que os leitores entendessem ambas.

Entretanto, acho que ela quis inovar tanto com os poderes misturados com hierarquia que acabou virando uma grande salada de ingredientes que não combinam muito.

Mare é uma menina teimosa e persistente, que luta pelo que quer e não importa o que os outros falem sobre isso. É uma característica boa, mas ao mesmo tempo ruim. Outra coisa é que, ao contrário de outras personagens, ela não se deixa levar pelo romance. Ela não é uma garotinha apaixonada.

Além disso, outros personagens importantes são Cal e Maven, os príncipes. Cal é o filho mais velho, e seu meio irmão mais novo é Maven, que tem um complexo de inferioridade como todo o segundo filho de uma família real, preso na sombra do irmão.

Toda a trama do livro é muito boa. E a capa é muito linda, toda espelhada e a coroa com sangue vermelho. Isso me chamou muito a atenção e foi um dos motivos pelo qual eu comprei o livro. Entretanto achei que a história poderia ser mais explorada. E também tem certas partes do livro que são meio previsíveis. Fiquei um pouco decepcionada.

Há mistério, há romance, há ação e há traição. Em geral, mesmo com minhas insatisfações, o livro é muito emocionante!


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