Olá Iniciantes! Como estão? Tranquilos? Curtindo a vida? Lendo, assistindo e trabalhando/estudando muito? Hoje vou sair um pouco dos quadri...

Beasts of No Nation: uma realidade pouco abordada

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Olá Iniciantes! Como estão? Tranquilos? Curtindo a vida? Lendo, assistindo e trabalhando/estudando muito?
Hoje vou sair um pouco dos quadrinhos que tanto comento e falarei sobre filmes! Em especial de um filme produzido pela Netflix. Não, eles não me pagaram para isso, mas poderiam né? Hoje falarei do longa-metragem Beasts of No Nation!
O filme já estreiou no segundo semestre do ano passado, acho que no terceiro trimestre mais precisamente, porém toda vez que cito o filme ninguém sabe do que estou falando! E isso é absurdo! O filme é excelente - para quem queria saber minha opinião, já deixo bem registrado ela aqui e agora! Mas ao mesmo tempo que é pouco conhecido. Então acho que deve ser assistido e apreciado, até porque sua temática é pouco abordada, densa e humana; por isso decidi trazê-lo à tona nesse post.




Roteirizado e dirigido por Cary Fukunaga, o primeiro filme produzido pela Netflix conta a história de Agu (interpretado por Abraham Attah), um menino que vive em uma cidade africana e tem sua vidinha ao lado de seu irmão mais velho, seu pai, sua mãe e seus amigos; sempre se divertindo Agu sabe das dificuldades financeiras que sua família passa sem deixar por se abalar, contudo o sorriso não mantém por muito tempo. 
Uma guerra civil atinge a região num conflito do grupo revolucionário e um grupo pró-governo, e para vencer uma guerra precisa-se de território, recrutamento, armas etc; então um grupo armado invade a cidade de Agu e lá comete atrocidades com cada morador - inclusive com sua família. Ele agora está sozinho no mundo. Uma criança em meio a uma guerra infinitamente maior que ela, como sobreviver? Quem poderá protegê-lo e dizer o que é certo ou errado? O jovem então é encontrado por um líder do movimento revolucionário, o Comandante (Idris Elba), que "acolhe" o garoto, querendo apenas mais um combatente no campo de batalha. 
A relação entre o Comandante e Agu é algo que merece ser destacado. Acolher alguém como o Comandante fez com Agu acabou protegendo-o dos perigos da selva, da fome, da sede; mas fez do Comandante um homem bom? Ele queria apenas Agu para entrar no seu exército! Uma criança! Isso o torna então pior? A verdade é que o filme aborda essa questão humana muito bem, eu mesmo não soube responder se odiava o Comandante ou não, afinal estamos em guerra e tudo isso é mera consequência da própria.




Outro aspecto que vale ser citado é a mudança que a guerra trás à uma pessoa - nesse caso, numa criança. É perceptível que Agu deixa sua alegria com o tempo, torna-se mais violento e sem compaixão, seus olhos não carregam mais vida como antes, e talvez nunca mais carregarão novamente. Nisso temos um retrato triste, e verdadeiro, de uma guerra, realizado com maestria pelo Abraham Attah!
E por fim, um fator crucial para que o filme seja marcante, ainda mais tratando-se de um Drama envolvendo guerras é a música! Dan Romer é o nome por trás disso! Trazendo momentos que se consagram no longa-metragem justamente pela música, onde nem as palavras ou gestos poderiam simbolizar maior tristeza, raiva, medo ou qualquer outro sentimento!

Nota: 5 estrelas (tudo para evitar o famoso " de um á dez!")
De certo, é um filme belíssimo que merece ser visto e até mesmo revisitado assim que possível! Indispensável!

Ps: o filme foi adaptado de um livro de um autor nigeriano, Uzodima Iweala, cujo nome da obra é o mesmo do filme.

É isso pessoal! Eu não leio só quadrinhos... 
...mas acho que é o que mais me deixa confortável de escrever sobre :P
Obrigado por chegarem até aqui! Assistiu o filme? Conhecia antes do post? Comente ai! 
E divulguem o blog para incentivar mais gente a noss conhecer!
Valeu e abraços!





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