Olá, pessoal! Hoje eu vou falar de um dos meus filmes favoritos, de um diretor maravilhoso, queridinho de muitos: Christopher Nolan e o f...

Inception: A Realidade é Subjetiva

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Olá, pessoal!
Hoje eu vou falar de um dos meus filmes favoritos, de um diretor maravilhoso, queridinho de muitos: Christopher Nolan e o filme que falarei hoje é (na minha opinião) um dos melhores do Nolan (e olha que se tratando do Nolan isso não é pouca coisa): A Origem, ou em inglês, Inception.


Sinopse
Dom Cobb, juntamente com seu organizador e braço direito Arthur, estão em uma missão de invasão da mente do poderoso empresário japonês Saito usando uma técnica de espionagem industrial através dos sonhos. A vítima, porém acaba percebendo que esta dentro de um sonho e a missão para extrair informações do subconsciente de Saito acaba dando errado, ainda mais quando a falecida esposa de Cobb aparece no sonho.
Saito vê que os sonhos e o subconsciente são extremamente poderosos e oferece a Cobb um trato, ele e sua equipe teriam que plantar uma ideia na mente do filho do maior concorrente de Saito, para que ele desintegrasse o império do pai, se a missão fosse bem sucedida Saito, que vale lembrar é um homem muito influente, livraria Cobb das acusações do assassinato da sua mulher, Mal.


Um pouco do diretor
Acho legal falar um pouco mais deste grande diretor, para saber suas influências e todo o seu estilo de filmes. Vale lembrar que Nolan nunca fez um curso de cinema (pois é, pasmem) entretanto ele é formado em literatura, desta formação saem as maiores influências do diretor.
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Nos seus filmes há sempre algumas constantes que Nolan procura trabalhar que são a moralidade humana, a questão da identidade, conflitos internos. Podemos ver isso principalmente em Following, Amnésia (Memento), Insomnia, O Grande Truque (filme que já falamos no blog, vocês podem conferir aqui).
Já entrando um pouco mais no tema do post, Nolan já tinha meio que um rascunho de “A Origem” mesmo antes de dirigir Batman Begins, The Prestige (O Grande Truque) e The Dark Knight, mas sentia que ainda não estava pronto para dirigi-lo, bom, a espera valeu a pena, pois com a experiência de diretor que adquiriu nestas três grandes produções e a confiança das produtoras, em 2010 surgiu o roteiro de “A Origem”.

Para melhor entender o filme
Apesar da ideia que seria implantada ser relativamente simples, para semeá-la é extremamente complicado, como o próprio Cobb diz no filme “Nenhuma ideia que precisa ser plantada é simples”, além disso para chegar fundo o suficiente e plantar a ideia é necessário que os personagens estejam muito sedados e isto implica num problema, se forem mortos no sonho, eles não acordarão, irão para o limbo do sonhos onde irão se perdendo e não terão mais a noção de tempo e realidade, por isso é uma missão tão complicada.
Agora, falando um pouco do totem e também do final do filme. O totem é um objeto que serve para mostrar de o dono do mesmo esta em um sonho ou se está na realidade, vale recordar que o totem é exclusivo da pessoa, o que significa que se outra pessoa tocar no seu totem ele se torna inutilizável. Não sei se vocês reparam, mas o próprio Cobb diz que seu totem já pertenceu a Mal, sua mulher, então o fato dele ter apenas tocado nele não o inutilizaria? Além disso apenas o indivíduo que possui o totem deve saber como ele funciona, e ele explicou a Ariadne como o seu funcionava. O que eu acredito é que o pião não é o totem de Cobb, mas sim o seu anel de casamento, reparem que sempre que ele está em um sonho tem o anel, porém quando está na realidade o anel desaparece, não pode ser uma coincidência. 
O diretor brinca com uma função do nosso cérebro que se chama “atenção seletiva” que nos vai fazer ver melhor as coisas que ele considera importantes, é meio que como uma câmera, se ele estive focado seu rostro qualquer outra coisa que vocês colocar um pouco mais à frente (claro que não na frente do seu rostro) vai aparecer desfocado e o filme dos direciona a ver as coisas desse jeito, podem ver que Cobb jamais disse o filme que aquele era seu totem, sempre disse que era de Mal. A nossa atenção seletiva nos leva a acreditar, num primeiro momento, que o totem de Dom Cobb é o pião.

O final 
Agora sim, falando do final, bom se você não ainda não viu este filme já vou dizendo que haverão spoilers e é melhor ver antes, sério não vai ver graça se você ler esta parte e for vero filme já sabendo do final, mas enfim, o aviso foi dado. Bom, aquele final que intriga a todos, não é verdade? 
Percebam a diferença
O totem gira e meio que vacila porém não conseguimos ter a certeza se ele caiu, pois os créditos aparecem. Alguns apontam o fato das crianças terem a mesma idade de quando Cobb teve que fugir, algo que indica que ele está em um sonho, porém, vendo o filme mais de uma vez, começamos a reparar em alguns detalhes, como as crianças não terem a mesma idade de quando Cobb as viu pela última vez, claro que elas estão usando uma roupa muito similar a que usavam nesse dia, porém são até atores diferentes os que fazem as crianças naquele trágico dia para Cobb e as do reencontro. Pelo próprio totem, o anel, que não está em seu dedo na cena final, sabemos que ele está, de fato, acordado!
Ainda assim, Christopher Nolan diz que o que importa no final não é se Cobb esta acordado ou dormindo, mas sim que esta se tornou a realidade do personagem, e na visão do diretor, a realidade é muito subjetiva.
Cobb não se importou em ver se o peão (que acreditávamos ser seu totem) parava de girar, pois simplesmente não se importava mais com isso, Nolan diz "Do jeito que o filme terminou, o personagem de Leonardo DiCaprio, Cobb – estava com seus filhos em sua própria realidade subjetiva. Ele não ligava mais, e isto é um tipo de declaração: talvez, todos os níveis de realidade sejam válidos" e acrescenta "Eu sinto que, através do tempo, nós começamos a ver nossa realidade como o primo pobre dos nossos sonhos, de certa maneira... Eu quero dizer que nossos sonhos, nossas realidades virtuais, essas abstrações que gostamos e nos cercamos com, são subconjuntos da realidade". Christopher Foda Pra C*ralho Nolan

Curiosidades
Quem conhece o estilo de direção de Nolan sabe que ele não gosta muito de efeitos especiais, então são construídas algumas instalações para que a cena possa ser gravada sem a necessidade de efeitos, como a cena da luta sem gravidade.

O labirinto que Ariadne desenha a pedido de Cobb é baseado no labirinto original do minotauro
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Colocando as iniciais dos nomes dos protagonista formamos a palavra DREAMS, sonhos em português




Pessoal por hoje é só, espero que tenham gostado e que assistam este filme, mesmo que já tenha visto!!


L Quinn


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