Olá! Meia-Noite em Paris é uma comédia romântica escrita e dirigida por Woody Allen, e chegou a ganhar o Oscar de melhor roteiro origina...

Meia-Noite em Paris - nostalgia dos anos 40

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Olá!
Meia-Noite em Paris é uma comédia romântica escrita e dirigida por Woody Allen, e chegou a ganhar o Oscar de melhor roteiro original em 2012, além de ter sido indicado para outras categorias. Participam do elenco Owen Wilson, Rachel McAdams e Tom Hiddleston. O filme trás novamente a tona a temática do mundo artístico, o que já foi abordado por Allen em outras obras.

Sinopse
Gil (Owen Wilson) sempre idolatrou os grandes escritores americanos e sonhou ser como eles. A vida lhe levou a trabalhar como roteirista em Hollywood, o que fez com que fosse muito bem remunerado, mas que também lhe rendeu uma boa dose de frustração. Agora ele está prestes a ir a Paris ao lado de sua noiva, Inez (Rachel McAdams), e dos pais dela, John (Kurt Fuller) e Helen (Mimi Kennedy). John irá à cidade para fechar um grande negócio e não se preocupa nem um pouco em esconder sua desaprovação pelo futuro genro. Estar em Paris faz com que Gil volte a se questionar sobre os rumos de sua vida, desencadeando o velho sonho de se tornar um escritor reconhecido.
Mesmo sendo um filme um pouco parado, consegue prender o espectador através da sensação de não pertencer à época em que se vive e idolatrar personagens famosas do passado, tudo o que é vivenciado por Gil. Sem contar as várias referências aos clássicos da literatura e artes plásticas, e com o enredo bem feito de Woody Allen é possível entender e se interessar por cada uma mesmo não sendo expert no assunto. A obra retrata a arte como algo que não deve ser ostentado, esse lado é representado pelo amigo de Inez, que acaba por se gabar a respeito de seu conhecimento, e é chamado de pseudointelectual. Ele e Gil se apresentam como opostos, juntamente com a sua noiva, Inez, que não compreende seu lado artístico e nem as crises existenciais.


A fotografia bem trabalhada, com belíssimos cenários de Paris por ora calmos ou agitados, trás ao espectador exatamente a nostalgia sentida por Gil. E ao som de Cole Porter, torna-se ainda melhor. Os personagens secundários tem também grande importância na trama e apresenta um aspecto do mundo da arte na década de 40 que poucos conhecem. 

Woody Allen deixa de lado o pessimismo presente em seus outros filmes e trás uma realidade levemente mais otimista. Ao encontrar a mulher ideal na sua época preferida, Gil realiza um sonho, entretanto percebe que para a moça, a Belle Époque era sua preferida. Ambos compartilhavam a sensação de não pertencimento ao mundo em que viviam e o amor por Paris, mas isso não impediu o protagonista de mudar a sua vida. 


Por fim, Meia-Noite em Paris mostra uma crítica a maneira que cultivamos a arte, afinal ela não deve ser ostentada e nem "intelectualizada", mas sim para ser sentida e experimentada com cuidado. Allen consegue soltar essa crítica com muita delicadeza e sentimentalismo. 
“O passado sempre teve um charme especial pra mim.” 
- Gil Pender
Até a próxima! 


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