Birdman: A Vida Imita a Arte ou a Arte Imita a Vida?

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Olá, pessoal!

Hoje falarei de um filme que eu adorei e que realmente coloca na tela uma sátira ao “a vida imita a arte”, sempre apontando a diferença entre fazer algo por amor a determinada coisa, que neste caso seria a arte, e fazer algo para ser provar relevante nesse grande mundo comercial que é Hollywood. Mesmo que possam andar juntos, fama e talento sempre devem ser separados e diferenciados, isto o filme mostra de uma maneira brilhante. Hoje falaremos de Birdman Ou (A Inesperada Virtude Da Ignorância).

Sinopse

No passado, Riggan Thomson fez muito sucesso interpretando o Birdman, um super-herói que se tornou um ícone cultural. Entretanto, desde que se recusou a estrelar o quarto filme com a personagem, sua carreira começou a decair. Em busca da fama perdida e também do reconhecimento como ator, ele decide dirigir, roteirizar e estrelar a adaptação de um texto consagrado para a Broadway. Entretanto, em meio aos ensaios com o elenco formado por Mike Shine , Lesley e Laura, Riggan precisa lidar com seu agente Brandon e seu relacionamento conturbado com sua ex-esposa e com sua filha. No meio dessa tensão da pré-estreia, ele começa a ser atormentado por uma estranha voz que insiste em permanecer em sua mente

Carreira de Michael Keaton

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Para quem não está familiarizado com o ator ou não se lembra muito bem, ele interpretou o morcego de Gotham em 1983 e 1992, nos filmes “Batman” e “Batman: O Retorno”, ambos dirigidos pelo Tim Burton. Birdman é meio que uma biografia da carreira deste ator, após interpretar 3 filmes de um super herói, ele encontra dificuldades em seguir com sua carreira e conseguir papel para outros filmes marcantes como aquele. Batman e Birdman foram para Michael e Riggan, respectivamente, o seu ponto alto na indústria cinematográfica, depois disso tornou-se difícil retomar a carreira e fazer algo tão marcante que se tornaria importante novamente na indústria do entretenimento, para Riggan é a peça da Broadway, para Michael é Birdman (?)

Plano Sequência

Este é um dos grandes pontos positivos do filme, pelo menos a meu ver, pois faz parecer que o filme é formado de apenas um take, claro que houveram cortes, mas que foram muito bem colocados para parecem estar dando sequência imediata à cena anterior, porém não indico que comecem a procurar estes cortes, pois o filme acaba perdendo sua fluidez e seu objetivo que é, de certa forma, ser longo para que possamos ver que há múltiplas coisas acontecendo e que a vida (mais especificamente de Riggan) não para, não há cortes nela.

Destaque é claro para Emmanuel Lubezki, que é o diretor de fotografia deste filme e coordenou este plano sequência e inclusive ganhou Oscar de fotografia por ele. Já falamos brevemente dele aqui no blog, uma vez que ele foi diretor de fotografia de “O Regresso” e “Gravidade”, ganhando Oscar em ambos. Outro ponto forte do filme também relacionado à fotografia de Lubezki é a iluminação, que não pode deixar de ser notada, pois cada clima e cada ambiente necessitam uma iluminação e cor específica, para trazer a aura que se quer para a cena, e Emmanuel Lubezki o faz à perfeição.

As críticas

É sempre bom trazer as críticas que os filmes abordam, neste caso foi uma clara crítica à Hollywood, a indústria do entretenimento, aos atores que muitas vezes se preocupam tanto com suas carreiras e com o fato de serem notados pela mídia que esquecem-se que exitem outras pessoas neste mundo em que vivemos.

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Aos críticos que muitas vezes avaliam negativamente os filmes sem ter ao menos produzido, dirigido ou atuado em um, então é meio que uma hipocrisia estar criticando algo, mas nunca trabalhou naquilo para ver como é complicado (meio como aqui no blog, a diferença é que nos deixamos claro que tudo o que postamos sobre jogos, filmes, série, livros, etc, são nossa opinião e não tentamos fazer dela verdade, como fazem muitos críticos no mundo).

E é claro a crítica do “Talento VS Fama”, algo muito presente, existem muitas pessoas (não que necessariamente aspiram à ser atores) que são talentosas mas não recebem o devido reconhecimento, em contra partida, por este mundo injusto, temos os nada talentosos que viralizam, tendo toda essa fama, às vezes por um vídeo bobo que não mostra talento.

Ponto negativo

Sempre vai haver um ponto negativo nos filmes, mas acho que trouxe este ponto, pois mexeu comigo de uma maneira pessoal, nada que mude meu gosto pelo filme, mas algo que realmente me incomodou. Como vocês sabem, a Iniciativa está em sua maioria voltada à HQs, filmes de super heróis, basicamente, cultura pop, mas este filme coloca estes aspectos de uma maneira muito negativa, chegando até a dizer que “atrair pessoa para ver um filme de heróis é o mesmo que atrair moscas à merda”, é uma crítica muito violenta e desnecessária.

Mas as premiações, principalmente o Oscar, adoram falar isso é fazem uma grande separação entre “filmes de arte de verdade” e os “filmes de super heróis, como se fossem inferiores, o que chega a ser curioso, pois existem tantos filmes de super heróis que são muito melhores que esse tais “filmes de arte de verdade”.

Mais um ponto que enfatiza a hipocrisia é que existe atores em “Birdman” que já estiveram, ou estarão, que é o caso do Michael Keaton que interpretará o vilão Abutre em “Homem Aranha: De Volta ao Lar” ou “Spiderman: Homecoming”, em filmes de super heróis, inúmeros atores indicados aos Oscar já estiveram em filmes de super heróis, como é o caso de Emma Stone, Christian Bale, Heath Legder, Ben Affleck, Jennifer Lawrence, entre tanto outros, todos brilhantes em suas atuações, tanto nas que lhes renderam o Oscar como as dos filmes de super heróis, da mesma forma temos diretores de renome que trabalharam nesta indústria de heróis, então é muito difícil entender o motivo dessa crítica de Birdman tão violenta e desnecessária ao gênero.

As interpretações

Deixando o lado negativo de lado, chegamos para encerrar os post ao ponto em que o filme realmente se destaca e consegue “brincar” bastante, no que tange às interpretações, não me refiro apenas ao final, mas sim as cenas do decorrer do filme que não mostram uma distinção direta do que é real e do que é fantasia de Riggan.

Claro que há cenas onde algumas são explicadas, como quando Riggan se vê voando pela cidade, entra no teatro e pensa que realmente foi isto que ocorreu, quando logo depois aparece um taxista dizendo que ele não havia pago a corrida, portanto ele não chegou ao teatro voando e sim de taxi, entretanto outras cenas como a do final ficam muito em aberto, cada um a interpretará de formas diferentes, o que acaba sendo um aspectos extremante positivo, pois traz aquele debate após o filme e realmente o deixa marcado na cabeça das pessoas. Sempre haverão coisas que não entenderemos completamente, o final deste filme é uma delas, tantos que já no título ele nos entrega o "Inesperada Virtude da Ignorância", temos que conviver com esta ignorância, mas o lado bom disto é que nos dá espaço para criar e repensar o final de diversas maneiras diferentes, é meio como pegar um conversa no meio, você se vira com a informação que tem para formar uma opinião e ter um conclusão sobre o que acabou de ouvir.

Pessoal, por hoje é tudo, espero que tenham gostado do post e que tenham um ótimo domingo!

L Quinn

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Laura Sofia

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