Amado leitor, tudo bom?

Hoje irei falar de um dos melhores clássicos da literatura brasileira, Memórias Póstumas de Brás Cubas. Bem, essa narrativa é um tanto quanto peculiar, afinal é um "defunto-autor" que redige sua história, ou seja, Machado De Assis dá o dom da escrita a um morto. E toda a história se desenrola nas épicas reviravoltas de vida, do nosso amigo Brás.

Começando desde as peripécias feitas por Cubas na sua infância (fazer seu escravo de cavalo, tirar sarro de seu professor na frente de todos juntamente com seus amigos, delatar um beijo adúltero, culpas nunca assumidas, por conta dos mimos excessivos...). Até sua ida forçada a Coimbra, para que pudesse ter uma formação de ensino superior, sendo obrigado a se separar de sua amada Marcela (que não era tão SUA amada, assim).

Como visto a vida de Cubas, teve uma imensa pitada de uma série de desencontros amorosos, que começam desde com a  Marcela (sua primeira "crush", que na verdade morria de amores por Xavier), até a Virgília, sua amada secreta e mais empolgante de toda narrativa.

Na verdade, esta história de amor impossível com Virgília, inicia-se a partir do primeiro momento em que ambos se viram, por conta de um casamento arranjado, proposto pelo Sr. Cubas, porém devido as ações não tão espertas de Brás Cubas (ele confundiu-a com Marcela), acabam por afastar a amada.

Entretanto o antigo casal, se reencontram após muito, muito, mas muito tempo, em uma baile realizado por Lobos Neves, (marido atual de Virgília) e começam a dançar com toda paixão de anos atrás. E viram, que nem mesmo o tempo foi capaz de apagar a ligação deles dois.

Após a deslumbrante dança, realmente decidiram consolidar um amor proibido, passando por uma série de apuros. Em que Cubas, era realmente um desmiolado e cara de pau, chegou até mesmo frequentar a casa de Lobos Neves, para que pudesse se encontrar com seu amor. Mas, a situação começa a ficar um pouco mais complicada, viram-se obrigados então, a comprarem uma casa isolada e envolver uma antiga faxineira de Virgília (Dona Plácida) neste furdúncio amoroso.

E como todo amor gera frutos, neste caso não foi diferente. Virgília chegou até mesma ficar grávida de Cubas. 

Porém o filho nasceu ou só eram mentiras da amante de Cubas? E Lobo Neves, soube do filho bastardo? Após isso, o amor do casal mais amado do livro, permanece?

Meu caro leitor, estas são perguntas que só serão respondidas com a leitura completa, senão perde a graça, né? 

Espero que tenham gostado desta resenha, afinal mesmo tendo uma linguagem tão antiga, ainda assim o livro foi capaz de me prender do início ao fim, por conta das ironias, do senso de humor e o retrato do amor ardente de Brás Cubas e Virgília (realmente foi uma história de amor e tanto). 

É uma obra que ultrapassa as TODAS expectativas e nos deixa de boca aberta.

Muitos beijos a vocês e até a próxima. ;3

Com amor, Sra. Mestiça.