Rick and Morty: Niilismo no Multiverso

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Olá, pessoal!

Eu estava com algumas dúvidas sobre o que postar hoje. Pensei em diversos filmes, séries, animes, entre outras coisas, mas não conseguia escrever o post, e comecei a pensar em diversas coisas entre elas o universo, e de uma vez me toquei: não é possível que ainda não tem um post sobre Rick and Morty neste blog! ~~Já estou mais animada para escrever~~ diferente de outro posts aqui no blog, este não terá o intuito de criticar a história ou roteiro, irei além e falarei sobre a filosofia, o Cosmicismo e sobre alguns de meus episódios favoritos.

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Sinopse

Rick Sanchez é um cientista genial e alcoólatra que, depois de muio tempo longe, foi morar com a família de sua filha, uma cirurgiã cardíaca de cavalos. Ele divide seu tempo entre desenvolver projetos altamente tecnológicos em seu laboratório, a garagem, e levar seu neto de 14 anos Morty em aventuras perigosas e surreais pelo Multiverso. Combinados com tensões preexistentes dentro da família, esses eventos causam ao sensível Morty muita angústia em casa e na escola.

Sem sentido

O primeiro episódio da série, você começa e termina de assistir com uma cara de “espera o que é que eu estou assistindo?”, isto foi o que eu (e pelo que vi outras pessoas) senti no primeiro contato com a série, mas é isso que é tão interessante , pois uma boa série, já no primeiro episódio começa a ditar quais são as motivações dos personagens, quem eles são, qual é a história, e isto Rick and Morty faz muito, bem. Começa com uma história de multiverso que não faz muito sentido e continua assim, todos os episódios mostram traços que já nos haviam sido indicados no primeiro.

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Claro, os personagens crescem, vamos conhecendo mais sobre suas personalidades, acontecem coisas que mudam sua forma de ser, mas tudo ainda coerente com o que nos foi mostrado nessa premissa de Rick and Morty.

Algo que eu percebi recentemente é que os maiores questionamentos sobre a vida e nossa insignificância são colocados de forma discreta, e às vezes até absurda, mas tirando alguns diálogos e ações específicas, nenhum desses questionamentos nos é mostrado assim de cara, a intenção é fazer o telespectador procurar por algum sentido por trás das absurdas aventuras desse(s) universo(s). Por exemplo, eu acredito que a série é meio sem sentido, pois a vida também é. Quais são nossos propósitos? Quais são os propósitos de Rick? Isto destaca muito Rick and Morty no meio de tantas animações, mas já chegaremos em toda a contestação e insignificância da vida.

Paralelos

No episódio “Close Rick-counters of the Rick Kind”, vamos vendo que existem muitas coisas opostas entre Morty e seu avô, não que antes não fosse claro, mas este episódio realmente os colocou como opostos, tanto que as ondas cerebrais de Rick e as de Morty conseguiam se anular, a inteligência de Rick e a burrice de Morty. Contudo os paralelos desta série não são o Rick e o Morty, mas sim o Rick e Jerry, seu genro.

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Isto fica bem claro, até pelo fato que eles dois estão constantemente em algum tipo de conflitos, mas acho que analisando os personagens individualmente eremos uma dimensão de suas facetas e diferenças ideológicas. Comecemos pelo Jerry, ele é fracassado, desempregado e está sempre discutindo com sua mulher (reparem que mesmo após aquela terapia maluca as brigas ainda tem um grande espaço no cotidiano da família), vemos que muitas vezes está jogando algum game idiota de estorar balões e é reforçado em vários episódios que ele se sente inseguro sobre sua inteligência, isso não melhora nada depois que Rick entra na sua vida.
Há um episódio que nos consegue mostrar ainda mais a natureza de Jerry o “M. Night Shaym-Aliens!”, onde Rick é levado para uma simulação da Terra, já que uns alienígenas tentavam descobrir sua fórmula para matéria negra concentrada, mas por engano Jerry acabou indo para essa simulação também. Ok, sabemos que Rick é um gênio e que estaria desconfiado da realidade onde estava, mas era uma simulação muito mal feita, pelo menos quando vemos “pelos olhos” de Jerry, qualquer otário teria desconfiado que havia algo de errado, porém Jerry, além de ser mais feliz nessa péssima simulação, encontrou sucesso profissional. “A vida é esforço, só vou parar quando morrer”, Jerry claramente não vê sua própria insignificância no universo.

Rick por sua vez é o oposto de Jerry, ele não apenas tem conhecimento de sua insignificância como a aceita. Este é o personagem extremamente controverso, eu mesma muitas vezes me peguei odiando e adorando ele, pelo fato de suas ações serem imprevisíveis e por não sabermos o que o motivou a isso.

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Adora pegar coisas como crenças e sentimentos e mostrar como são insignificantes, tudo é claro por meio da ciência (ele diz que o amor, por exemplo, é apenas uma reação química que compele animais a acasalar) Rick é extremamente indiferente ao mundo, esta ciente de sua pequenez no universo e muitas vezes se mostra indiferente até para a família, porém ele não é apenas um ser super inteligente, 100% indiferente ao mundo, pois há momentos (diversos para dizer a verdade) que vemos que ele se importa com sua família (não somente, mas do pouco que ele se importa do mundo sua família está em primeiro).
“Wubba Lubba Dub Dub”, descobrimos que a frase que Rick tanto fala na verdade significa “Estou em grande sofrimento, por favor me ajude”, e somente isto já nos mostra que por debaixo de todo o sarcasmo, indiferença e inteligência há um ser humano em angústia (assim como no episódio em que Rick se “transforma”, por assim dizer, em um adolescente e falava, por meio de mensagens (em música e no caderno) a dor que sentia e que estava morrendo por dentro). Há muito mais a ser falado sobre Rick, mas em sua essência ele é um personagem extremamente controverso, paradoxal, digamos, pois não se importa com o mundo, mas no fim acaba por lutar por algo (não sabemos exatamente o que) e protege sua família.

As filosofias

Sei que falei bastante do Rick no tópico anterior, mas realmente não posso fazer um post sobre esta série sem abordar o Niilismo que esta bem incorporado em Rick.

Ele oscila entre o niilista passivo e o ativo. São duas (mais não as únicas) facetas do Niilismo, uma doutrina que coloca um ceticismo e pessimismo extremos diante de situações ou realidades admissíveis, trabalha muito com a negação de todos os princípios religiosos, sociais e políticos e a sua mais predominante característica é a crença que não existe nenhuma possibilidade de sentido ou significância da existência humana.
Isto já está bem com cara de Rick, não é mesmo, mas, como já havia dito, ele incorpora uma tensão entre o niilista passivo, que é o cara que se resigna à insignificância humana, em outras palavras a aceita (o personagem claramente está ciente de sua pequenez no universo e se resigna a ela) e o niilista ativo, que é a pessoa que procura destruir os antigos valores e começar novos (como ele mesmo disse: “cientificamente tradições são coisas de idiotas”).

A série também se encaixa muito bem no Cosmicismo, uma filosofia literária desenvolvida por H.P Lovecraft onde não há presença divina reconhecível, tal como um deus (Rick adora tocar nesse assunto), também coloca a ideia de que os humanos são insignificantes no esquema maior de existência intergaláctica, uma pequena espécie projetando suas próprias idolatrias mentais ao cosmo, e susceptível a ser eliminada da existência a qualquer momento.

Nós estamos para o universo assim como as rochas estão para nós, elas existem, sabemos disso, mas não nos importamos, assim como o Universo está indiferente com a nossa existência. E por que não adicionar mais um ponto filosófico, o Absurdismo, de Albert Camus, neste contexto o “absurdo” não significa "logicamente impossível", mas "humanamente impossível", já que a vida apresenta essa dualidade: a nossa tendência (humana) de encontrar algum significado na vida e a falta de significado provida pelo universo (basicamente o universo tá cagando pra gente). Estamos constantemente frustrados pela nossas tentativas de achar significado e propósito na vida.

A ciência

Claro que apesar de toda a filosofia e surreais aventuras no multiverso, a série tem que mostrar algo de ciência, afinal Rick é um cientista e constantemente usa isso para mostrar “insignificância dos humanos”, como os sentimentos (amor), o fato dele estar com Morty toda hora é apenas pelo fato que as ondas geniais de Rick e as de Morty conseguem se anular, tornando o Rick “indetectável” (entra uma questão, após ver os episódio de Rick and Morty e analisar a relação que esses dois tem, qual é o real motivo para que Rick leve seu neto em tantas aventuras? Realmente é pela anulação das ondas cerebrais? É porque gosta de seu neto? Ou um pouco dos dois?).

E como não deixar de mencionar o jogo Roy, aí sim que o cientista nos mostra toda a insignificância da vida, pois colocou Morty para entrar no jogo e o garoto viveu uma vida inteira, estudou, se formou, arranjou emprego, casou, teve filhos, teve câncer, se recuperou e depois acabou morrendo, mas era tudo simplesmente um jogo, algo sem importância, assim como a nossa própria existência.

Um princípio que foi interessante de ver na série foi o “Princípio da Incerteza de Heisenberg”, estudado na mecânica quântica e que diz que é impossível saber a localização e o momento (linear, produto da massa e velocidade de um objeto, dimensionalmente equivalente ao impulso, o produto da força e do tempo), isto é uma consequência da dualidade partícula-onda (entes físicos subatômicos se comportam ou terem propriedades tanto de partículas como de ondas). Nada disto é trabalhado com grandes detalhes na série, porque não é esse o foco e para falar a verdade é extremamente confuso, mas, é trabalhado de uma forma superficial, mostrando que, toda essa incerteza do mundo da mecânica quântica, pode literalmente, dividir nossa realidade, uma vez que o mundo subatômico não é exatamente “constante”.

Mas voltando a quebra da realidade, por alguma fragilidade no tempo Morty e Summer acabam por quebrar a realidade em duas. Isto faz lembrar de algum padadoxo? Se pareceu familiar ao Gato de Schrödinger, então você acertou! Ao abrirem a garagem Rick, Morty e Summer veem um monte de gatos de Schrödinger voando por aí. Para quem está meio confuso e nunca ouviu falar deste paradoxo eu explicarei (mas bem resumidinho e sem entrar em muitos detalhes), tudo consiste em colocar um gato preso dentro de uma caixa sem transparências, junto a um frasco de veneno e um contador Geiger (serve para medir certas radiações ionizantes) ligados por relés (destinados a produzir modificações súbitas e predeterminadas em um ou mais circuitos elétricos de saída), e um martelo. O contador Geiger será acionado ou não. Se for, transmitirá movimento através dos relés; o martelo baterá no frasco de veneno quebrando-o e o gato morrerá. Mas se o contador não acionar, o martelo não quebrará o frasco e o gato permanecerá vivo. Este é um experimento mental proposto por Erwin Schrödinger para demonstrar os estados de superposição quântica: nós só vamos saber se o gato está vivo ou morto se abrirmos a caixa (lembrando que ela não tem transparências), mas se isso for feito, alteraremos a possibilidade do gato estar vivo ou morto. Este paradoxo esta muito ligado ao Princípio da Incerteza de Heisenberg, que falamos anteriormente. O estado de superposição quântica acontece quando for desconhecido o estado de um corpo (neste caso, do gato). Se não pudermos identificá-lo, diremos que este corpo está em todos os estados, exatamente o gato está vivo E morto. Não poderíamos inferir que o gato não está em estado nenhum, pois ele foi colocado na caixa e sabemos que está lá.

Meus episódios favoritos

Na verdade eu gosto muito de quase todos os episódios de Rick and Morty, mas para deixar este tópico breve eu escolhi episódios que mudaram algo na história, levaram os telespectadores a criar teorias e/ou tem cenas que são importantes para construção dos personagens. Ah, lembrando que não vai ter nessa lista episódios da terceira temporada porque ainda não saíram todos. E claro cuidado com os spoilers!

Comecemos então pela primeira temporada, o episódio 6: Rick Potion #9, Rick dá uma poção para Morty que fará com que Jessica (garota de seus sonhos) se apaixone por ele, mas como ela estava gripada o efeito acaba se espalhando pela escola e rapidamente sai de controle, depois de várias tentativas de reverter o efeito, Rick acabar transformando todas as pessoas do mundo, exceto sua família, em monstros. Com falta de opções para salvar o planeta, Rick leva Morty para uma outra realidade onde eles haviam conseguido resolver todo o problema dos monstros e logo depois morriam.

O plano de Rick é que eles (que vêm do mundo onde aconteceu toda aquela confusão coma poção) assumam o lugar de Rick e Morty da outra realidade (onde o problema da poção havia sido resolvido, mas eles tinham morrido). Isto foi algo muito impactante para Morty, pois ele teve que enterrar o próprio corpo e seguir vivendo sabendo que sua mãe, pai e irmã "originais" haviam sido deixados para trás numa outra realidade apocalíptica. Este episódio também nos mostra que Rick, consegue ser frio ao ponto de deixar o resto de sua família para trás, já que, afinal, existem infinitas no multiverso.

Ainda na primeira temporada, o episódio 10: Close Rick-counters of the Rick Kind. Este não é um episódio que eu gostei pelas suas sacadas filosóficas (embora existam) ou pelo fato que constroem os personagens, mas sim pelo ótimo plot twist. Neste ponto, nós já sabemos que existe infinitos universos, portanto infinitos Ricks e Mortys, mas o Rick e Morty que nós acompanhamos são da dimensão C-137, lembrem-se disso já que é muito importante. O Rick desta dimensão é acusado pelo assassinato de outros Ricks e é sentenciado a uma tortura eterna, porém ele consegue fugir e junto com Morty eles começam a procurar pelo real assassino de Ricks. Descobrimos neste episódio todo o lance das ondas cerebrais de inteligência e burrice e que elas se anulam, e que é por isso que Rick mantem seu Morty por perto. Eles encontram o real assassino, que além de matar diversos Ricks também sequestrava os Mortys e fez uma espécie de cúpula gigante com eles, já que assim não teria jeito nenhum deles o descobrirem (lembrem-se das ondas cerebrais). Enquanto o Rick C-137 é levado para o que parece ser uma sala de comando, Morty C-137 e levado pelo outro Morty (o que acompanha o real assassino) para uma prisão lotada de garotos (mortys). Este é um episódio que nos mostra que Rick sente alguma coisa sim pelo seu Morty e não o usa somente para anular sua onda cerebrais. Enquanto isso o Morty C-137 “lidera” uma rebelião dos diversos Mortys, que matam o Rick do mal (assassino).

No final do episódio, o pessoal da cidadela de Ricks (uma organização onde se juntam vários Ricks de diversas dimensões) chega para analisar “a cena do crime” com o Rick do mal morto e começaram a enviar todos os Mortys que haviam sido sequestrados para suas respectivas dimensões, só que acabam descobrindo que o Rick que andava matando outros Ricks do multiverso estava na verdade sendo controlado remotamente por outra pessoa, ai quando eles (Ricks que estavam investigando o caso) se perguntam “mas onde está o transmissor?” corta para outra cena, mostrando o Morty do mal, o que trabalha com esse Rick assassino, tirando o tapa-olho onde ele tinha escondido o transmissor, mostrando que não só este Morty era a mente por traz de todos os assassinatos, mas também era tão inteligente quanto um Rick.

Meu esta cena é insana de boa, eu adoro um bom plot twist que nos leva a criar teorias, e este foi um desses caso. Eu recomento muito um vídeo que são levantadas 3 teorias para explicar quem é esse Morty do mal, vocês podem ver aqui, mas se não entendem inglês muito bem, vejam este outro vídeo, a única diferença é que ele só aborda uma das três teorias, mas é a que mais faz sentido e é uma que eu gosto muito.

Agora vamos para a segunda temporada, o primeiro episódio: A Rickle in Time, me agrada bastante por mostrar os paradoxos do Princípio da Incerteza de Heisenberg e do Gato de Schrödinger, não vou me aprofundar muito, pois já falei bastante disto anteriormente. Ainda na segunda temporada, o episódio 3: Auto Erotic Assimilation, este foi um episódio que conseguiu me deixar com ódio do Rick, mas o final me fez simpatizar com ele.

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Rick acaba encontrando um antigo interesse amoroso seu , chamada Unidade, ela controla todas as pessoas de um planeta. Existe toda uma questão sobre a Unidade e sobre como existe a vida biológica no mundo que ela controla, mas não há consciência, os habitantes são manipulados por ela portanto não há liberdade, mas ao mesmo tempo, sem ela começou uma briga extremamente racista. Mas o que me fez escolher este episódio, além de todas questão da liberdade e da Unidade, foi o fato de Rick ter tentado se matar e só não consegue pois tava bêbado demais e desmaiou. Wubba Lubba Dub Dub, realmente se fez aparecer aqui!

O último episódio que escolhi é o sexto (de segunda temporada): The Ricks Must Be Crazy, Rick criou um micro mundo onde os habitantes trabalham para fornecer energia ao seu carro, que uma hora começa a falhar, portanto ele e Morty entram lá para ver o que estava acontecendo. Descobrem que um cientista desse "mini mundo" havia criado também um micro mundo e começavam a substituir o trabalho para fornecer energia, por esse mundinho. Entrando nesse mundo descobrem que um cientista de lá estava nos estágios iniciais para também criar um micro mundo. Morty, Rick, o cientista do primeiro micro mundo e o cientista do segundo micro mundo entram para esse mini universo que estava em seus estágios iniciais de vida.

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A ~~ENORME~~ similaridade com Inception (que eu amo) não foi o único motivo pelo qual escolhi este episódio, mas sim pela sua questão existencialista, já que os dois cientista dos micro mundos haviam sido criados, apenas para fornecer energia para o carro de Rick, a sua existência era meramente para atendera um “capricho” de Rick. O que não deixa de ser um paralelo com nossa realidade, ok, o nosso mundo não foi criado apenas para ser o motor de um carro (ou foi?), mas nossa existência é insignificante, tentamos encontrar propósito em tudo o que fazemos, buscamos respostas no universo, mas ele tá nem ai para nós. A nossa espécie pode ser varrida da existência da mesma forma que veio e a qualquer momento.

Pessoal, por hoje é só, espero que tenha gostado do post e se você teve algum tipo de crise existencial lendo isto, significa que cumpri o meu dever!

L Quinn

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Laura Sofia

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