A franquia God of War tem um espaço reservado nos corações dos jogadores de PS2; passamos pela história de Kratos, o fantasma de Esparta, l...

God of War - Novos deuses, nova história

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A franquia God of War tem um espaço reservado nos corações dos jogadores de PS2; passamos pela história de Kratos, o fantasma de Esparta, lutando em busca de vingança contra os deuses que o traíram. Na primeira trilogia vemos Kratos passar de exímio combatente do exército de Esparta, lutando contra seus inimigos com extrema fúria, atingindo seu posto de Deus da Guerra na luta contra Ares. Em God of War 2, Kratos, como de costume ao  longo da série, é traído pelos deuses, perdendo seu posto de Deus da Guerra logo no começo do jogo, onde o próprio Zeus decide matá-lo; contudo Kratos sai do próprio inferno de Hades e decide recontar a história, indo até as Irmãs do Destino e voltando no tempo, impedindo que Zeus o mate; a conclusão de tudo isso nos leva ao clímax da franquia: God of War III. Já no último episódio dessa trilogia vemos Kratos partindo direto ao Olimpo, tendo que enfrentar Poseidon, Hades, Hermes, Hera, Gaia, e claro, Zeus. Encerrado o game, Kratos concretiza sua vingança e decide partir para um novo mundo, esse novo mundo iremos explorar no recém-lançado God of War. 

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O tempo passou, Kratos já não é mais um guerreiro, está velho e aposentado, tem uma esposa e desse romance, um filho nasceu: Atreus. Mas nada na vida desse espartano é simples, então uma nova narrativa se faz ao longo da nossa jornada.

Enredo:

Kratos agora é pai, digo, novamente pai; sua ex-esposa e filha foram mortas por ele logo no primeiro jogo, o motivo para tanto foi uma armadilha causada por Ares, o deus da Guerra ao qual o Fantasma de Esparta ofereceu sua alma em busca de derrotar o exército bárbaro que destruía o exército comandado pelo espartano; carregado por esse tormento (e outros mais acumulados ao longo da série), Kratos precisa abraçar seus demônios, controlar seu temperamento explosivo para ajudar Atreus a se desenvolver enquanto pessoa e que agora perdeu sua mãe. O game começa com o crematório de Feya, esposa de Kratos e mãe de Atreus, guardada suas cinzas, pai e filho precisam levar o que restou de sua esposa até a montanha mais alta, atendendo um pedido de sua amada antes de sua partida; nesse meio tempo seremos apresentados a diversos personagens, amigos e inimigos, histórias, curiosidades e afins sobre o mundo da Mitologia Nórdica.

Casa nova e companhia:

O novo título não tem uma contagem, não é God of War IV, mas sim God of War, os desenvolvedores falaram que a razão por trás disso é que há uma nova história, um novo mundo a ser explorado e novos desafios, dando-nos a entender que nascerá uma nova trilogia (aliás, depois de zerar o game, reconheço que estou mais que ansioso para o próximo game). 

A nova morada de Kratos é o reino nórdico, o espartano se refugiou em uma terra bem distante, agora em Midgard, sob o olhar dos deuses nórdicos - Thor, Odin, Fenrir, Hela etc. Nesse novo território, Kratos contará com a ajuda de seu filho, Atreus, um rapaz que nunca foi muito próximo ao pai, mas que detém um vasto conhecimento sobre a cultura e a mitologia de sua terra, o que nos auxilia demais no jogo. Atreus tem domínio das flechas, podendo atrapalhar os inimigos, distraí-los, mas que pode também ser capturado por eles, fora isso o rapaz nos ajuda com tradução de runas, decifrando enigmas, apontando pontos de interesse e muito mais. (Falaremos disso nos próximos tópicos).

Novos inimigos também aparecem, embora algumas táticas para detê-los sejam semelhantes aos games anteriores. Aqui o Atreus tem um papel central; ao longo do game ele carrega um caderno de anotações, que nos permite analisar objetivos (afinal, estamos num mundo semi-aberto), contos da mitologia, personagens mitológicos e inimigos, assim, após algumas batalhas enfrentando os inimigos, podemos traçar seus movimentos e o rapaz fará anotações em seu caderno nos dando dicas para lidar com tais inimigos. 

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Jogabilidade:

Provavelmente um dos pontos mais controversos do novo game; quem jogou os jogos anteriores sabe que Kratos era uma máquina mortífera, uma sequência de "esmaga botões" insana; o game tomava o estilo Hack and slash,ou seja, uma penca de inimigos na tela, movimentos que destroem, literalmente falando, 7 deles ao mesmo tempo, golpes em área e muito dinâmicos (exemplo? Devil May Cry). O jogo novo não tem isso, a justificativa, penso eu, está justamente na idade do personagem, Kratos não consegue fazer tantas coisas pois está velho, o que faz com que a jogabilidade mude de tal forma que pareça um Darksouls da vida, onde temos diversos inimigos nos cercando, podendo focar em um ou manter nosso campo de visão aberto para atacar mais de um ao mesmo tempo (que eu recomendo muito aliás fazer assim); para lidar com tantos inimigos existe o Atreus que vai nos indicar onde devemos focar, nos dizendo "Cuidado com a esquerda!" ou "Saía daí!", e o jogo ainda conta com um sistema de seta que nos aponta onde estão os inimigos ao nosso redor e de qual direção vem os ataques.

Não só isso, o game tem outros méritos próprios, um deles é o mapa. O mapa em si já é grande, não nos limitando ao reino de Midgard, ou seja, passaremos por outros reinos ao longo do game, o que é excelente! Também existem missões secundárias, tesouros e muitos easter eggs que podemos caçar no jogo para nos auxiliar com a dificuldade - que, acreditem, é crescente, por isso invistam nos personagens! Esse mundo semi-aberto permite explorar diversos lugares e retornar a eles quando necessário (será necessário para resolver puzzles).

O jogo também acrescentou um sistema de XP. Podemos aprimorar não só o Kratos e o Atreus com suas habilidades, mas suas vestimentas que melhorarão atributos como FORÇA, RÚNICO, DEFESA, SORTE, VITALIDADE, RECARGA; é crucial para que não sofra tanto no jogo você aprimorar tais armaduras, armas e procurar melhorar mesmo os ataques rúnicos de cada um dos personagens, tanto o pai quanto o filho. 

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Aqui temos nosso novo companheiro pra matar criaturas: o Machado de Leviatã!

Considerações Finais:

O mundo do jogo é vasto, mas o que me marcou é o cenário, algo digno de tirar o fôlego, pois a diversidade de cores que temos no jogo é absurda. Em um  reino há apenas lava, em outro gelo puro, noutro luz e um cenário quase paradisíaco (não fossem os corpos mortos brutalmente que contrastam a calmaria da paisagem); essa identidade visual própria de cada reino é acompanhada de uma trilha sonora pra lá de emblemática, algo digno de nota, a música é arrepiante e permite nos sensibilizar para a história de Atreus e Kratos. 
Antes de mais nada, um ponto bem legal e importante para envolvimento com a história: sejam leigos com a mitologia nórdica, procurem estudá-la depois de zerar o jogo, pois um conhecido meu já sabia mais ou menos o final só pelo fato de conhecer a mitologia, penso que isso estraga um pouco o fator surpresa que o game pode oferecer. 

Por fim, não esperem boss battles épicos como os vistos no GoW III, ao menos não ainda, vale lembrar que é um novo início de franquia, e os boss em GoW I eram fracos perto dos boss no III. E penso que o sistema de gameplay também não permite algo semelhante ao confronto com o Poseidon no III. Levem isso em consideração.

Conclusão:

O jogo é primoroso e assume com facilidade o status de melhor exclusivo de PS4 até agora (amanhã teremos o lançamento de Detroit: Become Human, será que supera o nosso espartano favorito?!). Compra certa. NOta: 9.5/10




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