Saudações, iniciantes! Como passaram a virada? Esperamos que bem! Daremos início ao ano de 2021 com este post que fala da nova animação da ...

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Soul - para tocar a alma (resenha sem spoiler)

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Saudações, iniciantes! Como passaram a virada? Esperamos que bem! Daremos início ao ano de 2021 com este post que fala da nova animação da Disney/Pixar, "Soul", lançado no final de 2020 na plataforma do "Disney +". Então vamos nessa!

Tocando a vida:

A história de "Soul" começa mostrando a personagem de Joe Gardner (dublado por Jamie Foxx), filho de Ray Gardner, um famoso músico de jazz dos EUA. Joe, assim como o pai, tem sonho de ser músico, de viver de jazz, mas tem que lidar com a difícil realidade de se bancar e pagar as contas de casa, por isso decide dar aulas de música nas escolas, e quando finalmente é aprovado num cargo para ser professor contratado da escola, surge a oportunidade da vida de Joe: tocar num clube de jazz com a Doroteia Williams, uma excelente musicista de jazz. A alegria de Joe é tamanha que ele... morre!

 Soul | Disney Brasil

A Escola da Vida:

Quando Joe Gardener morre, ele se recusa a acreditar e nisso acaba indo para o estágio "Pré-vida", a Escola da Vida. Aqui vemos como nossas personalidades são formadas, ou seja, não se trata de aprendizado no plano material que moldamos nosso caráter, gostos e individualidades, pelo contrário, o filme faz questão de mostrar que todos esses itens são dados antes de nossas almas encarnarem num corpo. É na escola da vida que algumas almas são selecionadas para serem "almas mentoras" (alguns nomes que talvez vocês devem conhecer: Immanuel Kant, Carl Gustav Jung, Nicolau Copérnico, Muhammad Ali e Madre Tereza de Calcutá etc.); Joe acaba sendo uma dessas "almas mentoras" e precisa ensinar a alma 22 (dublada por Tina Fey) a encontrar sua missão, para que ela tenha o passe liberado para ir à Terra e também fazer com que Joe volte para seu corpo e consiga se apresentar com Doroteia e seguir sua carreira musical.

Questões técnicas:

Por falar em carreira musical... É claro que não podemos deixar de falar que, por termos um personagem apaixonado por música, o filme conta com trilha sonora linda, com faixas musicais inteiramente instrumentais. Existem dois momentos lindos do filme: um que é conduzido pela musicalidade de um piano e outro que é, ao contrário, a ausência de som, focando-se inteiramente nas imagens. Procurem olhar com atenção e se permitam sensibilizarem quando chegar a hora. 

Outro destaque está na animação: as almas são marcadas por um efeito fantasma muito interessante, mas o universo que elas vivem, ou seja, na Escola da Vida, contém muitos seres e coisas em 2D, o que faz uma distinção entre as entidades da história. Toda vez que nos deparamos com "o lado espiritual" do filme temos um cenário simples, mas nem por isso menos bonito. 

Animação "Soul", da Pixar, vai direto para o streaming Disney+ | Exame

Nosso parecer:

"Soul" certamente está entre as melhores animações que a Pixar Studios já elaborou: desde "Divertida mente" a Pixar decidiu se aventurar em temas complexos e profundos, como a psicologia humana, a formação das memórias etc. Em "Soul" a discussão vai mais longe, tocando em questões importantes e filosóficas: Qual o sentido da vida? Como surgimos? Qual nossa essência? etc. A resposta que o filme dá é das mais belas, que (lamento o trocadilho) "toca a alma" de quem o assiste. Discussões são feitas ao longo dos 107 minutos que a obra possui, nos levando a perguntar: "por que não desistimos de algo que gostamos?", "como podemos saber qual missão é a nossa?", "ter sonho e não conseguir alcançá-lo nos faz necessariamente tristes?" etc. 

Outro ponto muito positivo é a representatividade: Joe Gardner é o primeiro protagonista negro da Pixar, trazendo um ciclo de personagens da mesma etnia (como a mãe de Joe, as amigas da mãe, o barbeiro amigo de Joe), além de mostrar  (palavras de Ray Gardner) "uma das maiores contribuições de nosso povo [negro] à cultura": o jazz.

Em suma, "Soul" é daqueles filmes que pode te deixar pensativo, que vai pedir para ser revisto, que pode até te fazer chorar - como me fez. Com certeza o destaque que ele tem recebido pela crítica e público é mais que merecido.

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Abraço forte e até logo!


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