Em uma família um pouco desestruturada, o pai Richard tenta vender a ideia de auto-ajuda sobre como ser um vencedor, mesmo que ele mesmo não obtenha sucesso com isso. O avô foi expulso da casa de repouso por uso de drogas. O filho mais velho, Dwayne, é um jovem revoltado, obcecado pelo filósofo Friedrich Nietzsche e com o sonho de se tornar piloto de jatos, fez um voto de silêncio até que conseguisse. A mãe é fumante, mas nega e tenta manter o controle da família enquanto lida com o irmão gay, Frank, que passou a morar com eles após uma tentativa de suicídio. No meio dessa bagunça, está Olive, uma garota de 9 anos com o sonho de se tornar Miss, mas que é sem sombra de dúvidas o motivo de felicidade da casa.

No dia da chegada de Frank a casa dos Hoover, e em meados de uma potencial discussão entre a família, um telefonema chega para Olive, convidando-a para o famoso concurso no sul da Califórnia: o Little Miss Sunshine. Então a família decide ir inteira para a cidade em uma Kombi amarela, pois é o único transporte que acomoda a todos. E assim começa a viagem que mudaria essa família.

Este é, sem dúvidas, um filme que me comoveu demais, pois ao longo do trajeto, a família passava por várias provações enquanto tinha que aprender a conviver com as diferenças entre si. Jonathan Dayton e Valerie Faris, os diretores, conseguiram captar de maneira brilhante e emociante esta história que vai além de perder e vencer, e que trata sobre esteriótipos e sonhos de maneira muito agradável e verossímil. Acredito que seja muito fácil se identificar com a história como eu me identifiquei, uma vez que ela retrata aspectos muito felizes e dolorosos da vida real, os bons momentos  dentro de uma fase excepcionalmente ruim, as tragédias inevitáveis entre outros.

O tema sonhos é constantemente abordado dentro do enredo de Michael Arndt, e como eles podem ser alcançados e também que nem sempre é possível, mas que o importante é continuar tentando e não desistir apesar de todos os obstáculos. Toda a aventura da família Hoover não seria tão cômica se não fosse ao mesmo tempo dramática e tangível.

Enfim, indico esse filme a todos aqueles que precisam de um pouco de esperança nesse momento da vida, e espero que se sensibilizem o tanto quanto eu. 

Lançado em 2006, Pequena Miss Sunshine foi indicado para quatro Oscars, ganhando nas categorias de Melhor Ator Coadjuvante e Melhor Roteiro Original. Além desses, a produção também ganhou mais nove prêmios, sendo um deles de Melhor Filme Independente.