Homem-Aranha: Azul é o nome da minissérie da personalidade aracnídea de Peter Parker. Escrita e desenhada pela dupla Jeph Loeb e Tim Sale, a série é marcada por uma certa tristeza e muita sensibilidade.

Mas por que "Azul"? Simples. Em inglês o título ficaria como "Spider-Man: Blue" o que remete ao gênero musical blues, relacionado a tristeza, melancolia e por isso não poderia fazer mais sentido. Homem-Aranha sempre foi um personagem alegre, divertido e bem-humorado, um dos motivos para ter tantos fãs, mas uma característica que todos sempre concordaram foi o fato de Peter Parker ser um personagem extremamente humano - apesar de seus poderes; um jovem estudante com problemas de dinheiro, muito ligado à família e que também, como qualquer outro, se apaixona.

É impossível não entender a importância de Gwen Stacy na vida de Peter. A jovem estudante universitária que foi o primeiro amor verdadeiro do Cabeça de Teia, mas teve um fim trágico. Em junho de 1973 chegava às bancas a edição 121# de Homem-Aranha, "A Noite em que Gwen Stacy morreu". Um clássico do personagem e um marco no mundo dos quadrinhos - namoradas dos heróis morrerem não era algo comum na época, ainda mais personagens tão queridas quanto a Gwen.
Depois da morte da jovem, Peter teve que aprender a amar novamente, agora com uma grande amiga de Gwen, Mary Jane Watson (MJ). Depois de muitas indas e vindas, MJ e Peter Parker se casam e  vivem felizes - com aqueles problemas de todo relacionamento, mas felizes. Então chega o Dia dos Namorados e Peter decide fazer uma gravação como "depoimento " para Gwen, dizendo como se conheceram, como se apaixonaram e eram felizes juntos. Essa é a história de Homem-Aranha: Azul.


Loeb e Tim Sale viajam através da cronologia do personagem para mostrar o desenvolvimento desse romance; nisso são mostradas batalhas que o Aranha teve que enfrentar e que atrapalharam o relacionamento até a morte da jovem. É uma história linda e tocante. Os desenhos de Tim Sale são incríveis (ainda mais com o jogo de cores usado) e a narrativa de Loeb é espetacular - tudo é narrado como uma gravação e com os sentimentos de Peter transbordando. Momento muito tocante ao final da série (muito tocante).

Abraços e até a próxima!