Demorou mas chegou. Passaram-se três anos de publicação pela Panini quando chegou ao Brasil a fase do Marvel NOW, traduzida como Nova Marvel, em que a Marvel daria um novo início aos seus personagens, não como um reinício de todo universo Marvel, mas como um “resetar” a numeração dos títulos, mas como uma nova equipe de escritores e desenhistas trabalhando em seus personagens e/ou grupos. Dentre os projetos e escritores podemos destacar o tão elogiado Jonathan Hickman em Os Novos Vingadores e Vingadores, títulos já comentamos anteriormente nesse mesmo blog.

E agora a mega saga da vez é a Guerras Secretas, que possui o mesmo nome da mega evento que reuniu heróis e vilões Marvel nos anos de 1980 – o motivo para ter o mesmo nome são desconhecidos pelo autor do post, mas a história é completamente diferente, isso posso assegurar. Ao longo das 35 edições da mensal “Os Vingadores” lançadas em terras tupiniquins pela editora Panini, fomos apresentados a um contexto em que as Terras paralelas (de outras realidades) estavam se colidindo e destruindo umas as outras – como foi abordado no encadernado “Os Novos Vingadores: Tudo Morre” que já foi comentado anteriormente – e em meio a essa autodestruição do Multiverso, os Illuminati (os “Novos Vingadores”) e os Vingadores batalham para salvar a Terra, por mais que para isso tivessem que destruir outra.

A longínqua fase de Hickman à frente dos Vingadores levou aquilo que está sendo considerada uma das, senão a maior, mega saga da Marvel. Mas afinal, o que acontece nessa saga?! Basicamente, o Multiverso foi reduzido a duas Terras, o universo Ultimate (de Os Supremos, X-Men Ultimate, Homem-Aranha Miles Morales etc) e ao universo tradicional, 616, que conta com o elenco de personagens que estamos acostumados. Sabendo que se as duas Terras fizerem nada ambas se explodem, e que se querem sobreviver elas terão que lutar uma contra outra, trava-se A Guerra entre as duas realidades! Supremos contra Vingadores, O Criador (versão do universo Ultimate de Reed Richards que se tornou vilão) contra o Quarteto Fantástico tradicional e por aí vai. É um show a parte! E tudo melhora com os magníficos desenhos de Esad Ribic – detalhe para a coloração do quadradinho que também está belíssima.

Qual o saldo final então? Bem, a Valeria Richards, filha do Reed e da Sue, disse em tom bem enigmático: “Pai, você não vai vencer, mas pode não perder.” E isso deixa a maior mente da Marvel, Sr.Fantástico, bem confuso, para não dizer preocupado; assim, surge a ideia de criar uma “Arca de Noé”, já que o universo vai se explodir e não há nada que possa evitar isso, que tal criar uma arca para reconstruir a humanidade do zero? Reed decide então recrutar as maiores mentes do planeta para colaborar com a reconstrução da humanidade. É interessante pensar que, ao longo da fase dos Vingadores do Hickman, o Quarteto Fantástico ganhou um baita destaque (o próprio Hickman já trabalhou na revista do grupo antes) e em Guerras Secretas, o QF é o pilar central de toda saga, pois
se o Universo Marvel surgiu, em 1960, com QF, nada mais justo que ele se encerrar com o grupo, né? Ah! Não falarei muito dele, mas Dr. Destino está bem envolvido na trama! Vale a pena ficar de olho no rei da Latvéria.

É isso pessoal! Esta é apenas o review da 1ª edição! Obviamente é uma saga que super recomendo aos fãs da Marvel e aos fãs de quadrinhos em geral! Vou ficando por aqui! Abraços e tchau!