Escrito pelo suíço Frederik Peter, sendo um quadrinho autobiográfico. O quadrinho aborda a vida do quadrinista antes, durante e depois que c...

Pílulas Azuis - Amor, Morte e um vírus (+18)

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Escrito pelo suíço Frederik Peter, sendo um quadrinho autobiográfico. O quadrinho aborda a vida do quadrinista antes, durante e depois que conheceu Cati, uma linda e jovem mulher, determinada, inteligente, divertida e.... E portadora de HIV... Como é conviver com alguém que apresenta essa doença? Quais são as dificuldades vividas por essas pessoas? Como é viver sabendo que a qualquer momento sua/seu amada(o) pode partir dessa para melhor por um simples vírus? É isso que Pílulas Azuis aborda.
O quadrinho apresenta diversas cenas eróticas, por isso o +18 do título!!
Pílulas Azuis é distribuido pela Editora Nemo, ao preço de R$40,00; mas dá para achar por uns R$25,50.



Certamente um dos mais tocantes quadrinhos que temos no mercado atualmente, Peters consegue trazer temas como amor e morte de forma sensível, tocante e, em certo aspecto, íntima. A narrativa é espetacular e te prende com facilidade, além de extremamente acessível, fácil de entender, embora o uso de palavras mais diferentes apareça com certa frequência, porém vejo como um quadrinho que pode ser lido em uma tarde - como eu fiz; afinal são 250 páginas, pouca coisa comparado com outros blocos que tenho aqui, seja em livro, seja em quadrinho.

O enredo não há muito o que comentar: um jovem que enfrenta todo tipo de coisa para ficar ao lado de seu amor que apresenta uma doença horrível e pouco conhecida pelo grande público, a AIDs. O assunto é delicadíssimo e requer muita compreensão por parte do leitor, cuidado para não cair no discurso generalizado que gera aversão à essas pessoas, na verdade o quadrinho se esforça em quebrar essa ideia constantemente, mostrando que é possível sim viver com essa doença hoje em dia, não é uma sentença de morte como foi considerada na década de 1970 [abordarei logo mais isso no post, sempre é válido tratar desses assuntos quando puder]. Há diálogos incríveis entre as personagens, constantes debates que o Frederick tem com ele mesmo que acaba por deixar a obra mais interessante ainda. O que peca, ao meu ver, são os desenhos. Não que a obra tenha desenhos feios, mas que demora um pouco para se habituar, afinal é algo bem distante do nicho de super-heróis [sim, eu tento ampliar meu leque de quadrinhos], às vezes o leitor poderá confundir as coisas que estão no cenário, ou mesmo não gostar dos desenhos...


Agora deixamos o quadrinho de lado para falar do tema que ele aborda, a AIDs (vírus HIV). Durante a década de 70, era comum aos jovens hippies estadunidenses irem para diversos festivais de música, o mais famoso deles era o Woodystock, que entrava em moda o lema "sexo, drogas e rock'n roll!", sendo que a realidade não é apenas isso, é necessário um cuidado ao usar drogas e no caso, ao fazer sexo. A falta de uso de preservativos espalhou o vírus do HIV, que na época era uma sentença de morte certeira, milhares de pessoas morreram, e morrem, todos os dias por conta disso; é preciso se previnir, usando as camisinhas (disponíveis gratuitamente pelo governo federal brasileiro). O quadrinho mostra que não é fácil conviver com a doença, há uma série de medicamengos que devem ser usados, além de ser rejeitado por diversas pessoas que acreditam que possam ser contaminadas com o vírus. Se informar mais, estudar mais é vital para evitar intolerância, assim ter um olhar diferente para o próximo...
É isso pessoal! Espero que tenham gostado! Abraços! Cuidem-se e até!



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