Olá! Em maio de 2016 foi exibido no 69º Festival de Cannes o mais novo filme do diretor Woody Allen, Café Society . Estrelando Jesse Eise...

Café Society - os anos 30 estão em cena

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Olá!
Em maio de 2016 foi exibido no 69º Festival de Cannes o mais novo filme do diretor Woody Allen, Café Society. Estrelando Jesse Eisenberg como a persona do diretor, Kristen Stewart e Blake Lively. Ambientado nas cidades de Los Angeles e Nova York, o filme apresenta ao, mesmo tempo, novos e velhos aspectos já retratados em outras obras e Allen de ambas. 

Sinopse
Anos 1930. Bobby (Jesse Eisenberg) é um jovem aspirante a escritor, que resolve se mudar de Nova York para Los Angeles. Lá ele deseja ingressar na indústria cinematográfica com a ajuda de seu tio Phil (Steve Carell), um produtor que conhece a elite da sétima arte. Após um bom período de espera, Bobby consegue o emprego de entregador de mensagens dentro da empresa de Phil. Enquanto aguarda uma oportunidade melhor, ele se envolve com Vonnie (Kristen Stewart), a secretária particular de seu tio. Só que ela, por mais que goste de Bobby, mantém um relacionamento secreto.
Café Society é um filme que beira levemente ao óbvio do próprio Woody Allen. Possuí diversos aspectos e temáticas que, quase sempre, são abordadas em seus filmes: a arte, uma família judia, melancolia e o ritmo das grandes cidades, entre outros. Todavia, muitas cenas são mais ágeis e o filme fui muito bem. Grande parte da beleza da obra consiste na fotografia e na posição da câmera, como por exemplo, as cenas de Vonnie, na qual há um certo foco em seus movimentos e uma iluminação diferenciada.

A fotografia de Vittorio Storaro é simplesmente incrível. Em Los Angeles, os tons são mais azuis, com toques de laranja e sépia, que retrata muito bem a hierarquia da época e santifica as cenas interpretadas por Kristen através do barroco. Nova York apresenta outro ritmo, são cenas mais alegres sem a necessidade dos tons de fotografia, dessa vez mais escuros, representando a vida noturna. 


Apesar do mínimo que clichê que é apresentado por meio dos personagens, a escolha dos atores foi essencial para que isso não torna-se o filme repetitivo. Steve Carell conseguiu humanizar seu papel, e Jesse com certeza foi uma das melhores representações de Woody Allen recentemente. Até mesmo a tão criticada Kristen Stewart conseguiu melhorar em suas cenas mais românticas e sensualizadas, apesar de ainda faltar emoção naquelas que exigem mais fragilidade.


A obra mais recente de Woody Allen vale a pena ser assistida. Traz a velha filosofia do diretor, além de desencontros amorosos, melancolia e a retração da sociedade dos anos 30, com algo a mais, uma instabilidade levemente notável, sem contar as velhas piadinhas e narração que tornam a trama ainda mais interessante. 

Até a próxima! 


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