Oi, pessoal!    Primeiramente, e defendendo o renomado e incrível diretor que tanto admiro, gostaria de começar dizendo que gosto muito...

Crianças Peculiares: comparação livro vs. filme

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Oi, pessoal!

   Primeiramente, e defendendo o renomado e incrível diretor que tanto admiro, gostaria de começar dizendo que gosto muito de 99% dos filmes do Tim Burton. Mas aquele 1%... é o filme O Lar das Crianças Peculiares (2016). Sou uma grande fã da trilogia de livros que inspirou o filme; O Lar da Srta. Peregrine Para Crianças Peculiares, escrita por Ransom Riggs. Confesso que fiquei completamente entusiasmada para ver o longa quando saiu a notícia que um dos meus diretores preferidos havia se encarregado de trazer essa história – que tanto amo – às telas do cinema. Quero dizer, isso antes de eu assistir ao trailer!
 Além deste primeiro livro, a trilogia abrange Cidade dos Etéreos e Biblioteca de Almas (respectivamente, na imagem) para apresentar a incrível e cheia de detalhes história das crianças peculiares. Afinal, quem não gosta de dez crianças com “superpoderes” enfrentando monstros visíveis e invisíveis enquanto passam por tempestades em alto mar e Londres durante a Segunda Guerra Mundial para salvar suas protetoras aves e o mundo peculiar? Eu, com certeza, amo!


   Eleito uma das 100 obras mais influentes e importantes da literatura jovem, o primeiro livro conta a história de como Jacob Portman, de 16 anos, descobriu que as histórias que seu avô lhe contara eram, na verdade, relatos de sua – totalmente real, mesmo com suas características tão incomuns – adolescência. Admito que inicialmente (nas primeiras dez páginas?) o livro não tinha me surpreendido do jeito que eu esperava. Mas, foram só os primeiros acontecimentos serem lidos que fiquei simplesmente vidrada naquelas palavras!
   Sobre o filme, para quem não leu os livros, é uma ótima história; tem uma fotografia muito legal e efeitos exclusivos do Tim Burton. Entretanto... para quem leu, é uma completa distorção do romance. Apesar de já ter uma história e um roteiro praticamente pronto em mãos, Tim Burton optou por fazer apenas um filme sobre a narrativa presente nos três livros, e o que poderia ter se tornado uma trilogia muito bem feita pelo diretor aos amantes da literatura e da sétima arte, tornou-se desapontamento aos fiéis leitores. Metade do filme conta praticamente o que se passa no primeiro livro de modo relativamente impecável, mas (SPOILER), desde o segundo em que as crianças peculiares decidem usar o navio para ir à Londres, a história muda completamente. Aquilo sequer aconteceu!
   Novamente, apenas os fãs dos livros sentirão o desespero que senti ao verem as peculiaridades de Emma Bloom e Olive Elephanta trocadas. Ou seja, não, a Emma NÃO é mais leve que o ar e a Olive NÃO consegue projetar chamas com as mãos. Para falar a verdade, a Olive nem é do jeito que foi representado! Ela é a garotinha levitando na capa do primeiro livro.


   Além disso, Burton conseguiu deixar o personagem principal, Jacob, parecer mais um personagem secundário e que nem ao menos sabe atirar umas flechas... enfim, para os curiosos de plantão que anseiam por conhecer como os personagens realmente são retratados na trilogia – ou, pelo menos, um jeito muito próximo a isso – esta é uma fan art que, na minha opinião, segue as características que Riggs descreveu.


   Tim Burton realmente conseguiu deixar de lado a chance que tinha de trazer à vida uma história muito mais complexa – porém super legal – do que aparenta e que é completamente... peculiar.
Minha dica a aqueles que apenas assistiram ao filme? Leiam o livro, pois nada (nada MESMO) do que se passa da metade ao final acontece nos livros. Portanto, sem spoilers. ;)

   Bom, para não estender muito mais, espero que tenham gostado da comparação. :) Há milhões de outros pontos que eu adoraria comentar (e talvez até criticar), mas acho que ninguém chegaria ao final do texto, não é mesmo?

Até logo, e que as aves protejam vocês!


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