A Guerra não é heróica, não é hollywoodiana, não tem Rambo's, ela tem mortes, crueldades, desespero e fala de sobrevivência. Nesse quad...

Guerra 1914-1918: mergulho na 1ª Guerra Mundial

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A Guerra não é heróica, não é hollywoodiana, não tem Rambo's, ela tem mortes, crueldades, desespero e fala de sobrevivência. Nesse quadrinho nacional, escrito por Julius Ckvalheiyro, falaremos da tão ofuscada 1ª Guerra Mundial. Se você for um apaixonado por História tal como eu, já aviso que esse é um quadrinho que vale a pena; caso você seja um vestibulando, talvez possa ir mais a fundo sobre o tema, pois estamos falando aqui de uma baita pesquisa - deixo aqui meus parabéns para o Julius pelo árduo trabalho.

Primeiro é importante falar que trabalharei um quadrinho nacional, algo mais difícil de acontecer aqui no blog; o motivo por essa raridade está na dificuldade de encontrar tais quadrinhos e no preço dos mesmos, que são de autoria, portanto justificáveis (eu que sou pobre mesmo gente rsrs). Logo gostaria de pedir desde já, se for uma postagem dentro de suas expectativas, que seja divulgada, tanto pelo trabalho do autor quanto do escritor com quem vos fala. Certo? Então vamos para o post!

[Contextualizando na História]
"GUERRA 1914-1918" é um quadrinho com uma boa carga textual, trazendo escritos do Julius acerca dos confrontos marcantes que ocorreram durante os quatro anos intensos de guerra. A 1ª GM foi algo inédito, ela determinaria territórios de países, traria à tona todo um excesso de racionalidade* que faria homens lutarem uns contra os outros por  interesses imperialistas de seus governantes - interesses esses criados pela 2ª Revolução Industrial: a busca por maior mercado, mais mão de obra, mais matéria-prima criados por uma cultura de lucrar mais e mais teriam sido alguns dos fatores para um dos maiores confrontos da História. É pela primeira vez na história que vemos homens usando a indústria, a tecnologia em prol da guerra, da criação de armas e veículos de combate; o impacto que isso trará ao longo do séc. XX será gigantesco, seja no campo das artes plásticas, na qual surgirão as Vanguardas Europeias (cubismo, surrealismo, dadaísmo, futurismo e expressionismo); seja no campo da Política, Filosofia, Sociologia, Ciências e afins.
A investida da máquina sobre o homem: o Tanque de Guerra era uma realidade 

[Como a HQ funciona?]
Cada capítulo é um conto diferente, abordando algum aspecto da guerra, e são divididos em 4 capítulos, para falar dos quatro anos da guerra, somado a um capítulo extra que fala da personagem histórica Manfred Albrecht Freiherr Von Richthofen, mais conhecido pelo apelido de Barão Vermelho. Vale citar a excelente introdução do autor ao falar sobre a Europa pré-guerra.
Cada capítulo possui uma citação de algum escritor, historiador, personagem histórica ou filósofo e um texto do Julius, o autor, que através de muita pesquisa, basta olhar a bibliografia ao final do quadrinho para ver; fala sobre o que o capítulo aborda, podendo falar de um confronto entre a Inglaterra e Alemanha por meio dos aviões - primeiro contato com os aviões sendo usados para a guerra; o genocídio do povo Armênio, que é bem ofuscado da História, por isso uma baita recomendação; um confronto contra os tanques de guerra em sua primeira investida em campo de combate etc.

[O Desenho]
Temos aqui um desenho extremamente realista e em preto e branco, o impacto que essa coloração causa no quadrinho é um ponto forte, pois assim teremos um "choque" maior ao entrar nesse mundo e ver as atrocidades cometidas por ideais nacionalistas e imperialistas.

[A Narrativa]
É pouco presente. Ela aparece nos capítulos em si e traz uma carga dramática grande, mostrando o desespero do soldado por estar alí. Eu particularmente achei de grandd qualidade o capítulo do povo armênio, além do capítulo final que se temos o final da guerra e várias cartas dos soldados com seus sonhos de voltarem para a casa, ver suas amadas, descansar etc. Acredito que a maior parte da escrita vai para as informações históricas, essas que são de suma importância, portanto se você não se interessa pelo assunto, ao se deparar com algumas páginas de textos falando táticas militares e/ou de contextualização histórica pode se decepcionar e não lê-las.

[Conclusão]
Um quadrinho bem duro e sincero, que mostra os horrores da guerra e serve de lição para não valorizarmos tal excesso, ou para alguns a falta, de racionalidade. Um quadrinho recheado de informações históricas que fazem os estudiosos do assunto delirarem, e que nos faz pensar "até onde a tecnologia pode nos levar?"Concluo o post de hoje com a frase do filósofo francês e romancista, Voltaire!
"A história dos grandes acontecimentos do mundo não é mais do que a história de seus crimes."
Espero que tenham gostado da aula! Divulguem esse trabalho! Sigam-nos nas redes sociais! Comentem e até a próxima!

Para acessar o blog do Julius Ckvalheiyro, o autor do quadrinho, clique aqui.

*Uma análise mais frankfürtiana do grande sociólogo Theodor W. Adorno (vestibulandos, anotem isso!)

Nota: Todas as imagens são de direito autoral de Julius Ckvalheiyro e da Editora Quadro a Quadro.


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