Olá! Capitão Fantástico é um longa-metragem de comédia dramática lançado em 2016. Foi indicado ao Globo de Ouro e ao Oscar de 2017 por Me...

Capitão Fantástico: pense de maneira alternativa

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Olá!
Capitão Fantástico é um longa-metragem de comédia dramática lançado em 2016. Foi indicado ao Globo de Ouro e ao Oscar de 2017 por Melhor Ator para o principal, Viggo Mortensen. Bem aclamado pela mídia, o filme conta com Matt Ross no roteiro e direção.


[Sinopse]
Ben (Viggo Mortensen) tem seis filhos com quem vive longe da civilização, no meio da floresta, numa rígida rotina de aventuras. As crianças lutam, escalam, leem obras clássicas, debatem, caçam e praticam duros exercícios, tendo a autossuficiência sempre como palavra de ordem. Certo dia um triste acontecimento leva a família a deixar o isolamento e o reencontro com parentes distantes traz à tona velhos conflitos.

[Resenha]
Capitão Fantástico é, no mínimo, uma obra que te fará refletir sobre as relações e criação dentro da sociedade. Os personagens são muito bem construídos, e no início do filme observamos a vida da família sobre a perspectiva deles, o que leva o espectador a achar incrível esse outro estilo de viver e repensar o sistema. Todas as crianças tem um conhecimento acima do normal, além do que podemos imaginar sobre sociologia, filosofia, política etc. Todos os fatores e a "propaganda" que Bem faz a respeito da criação, condição física e saber dos seus filhos, nos convence que o método dele realmente supera o 'normal'.


Ao longo do filme, vemos essa perspectiva mudar lentamente. No compasso que a família se aproxima da cidade e vai convivendo mais e mais com os parentes, o espectador começa a duvidar do estilo de vida de Bem e seus filhos. O choque entre as duas realidades é visivelmente incomoda, e os confrontos entre o pai e os parentes fornece vários argumentos para os dois lados. Essa mudança de concepção é bem sutil no longa, e permite a organização de pensamentos a respeito do tema.

O ponto culminante desse choque de realidade é o encontro com os avós maternos das crianças. Muito conservador, o avô propõe medidas radicais contra Ben, e acaba por conseguir inserir uma certa culpa no homem. É nessa parte que são apresentados fatos concretos sobre as desvantagens do método de criação. O espectador, Ben e até algumas das crianças começam a duvidar do seu estilo de vida. Sem sombra de dúvidas, são as cenas com teor mais pesado de todo o filme.


Seguindo bastante a Jornada do Herói, Capitão Fantástico é um filme que faz ótimas referências, tem um estilo mais leve e roadmovie. Por final, saímos sem uma resposta totalmente concreta sobre a discussão abordada, mas com uma visão de dois lados e até mesmo do intermediário. A obra é libertária, apresenta uma vertente baseada em amor e conhecimento, a luta pelo o que acredita e a importância da união. Com uma fotografia, contraste de cores e trilha sonora incrível, o longa de Matt Ross consegue cativar e promover a reflexão de quem assiste com um enredo simples.

"Aquilo que criamos aqui, pode ser único na existência humana"

Até a próxima ;)


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