Para compensar a falta de posts do Ghost in the Shell - estou estudando muito com a faculdade, mas logo em breve a sequência do post especia...

Ex_Machina: Inteligência Artificial - O próximo passo da evolução

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Para compensar a falta de posts do Ghost in the Shell - estou estudando muito com a faculdade, mas logo em breve a sequência do post especial deve sair - trouxe ao meu respeitável público o Ex-Machina; filme que eu particulamente, estava ansioso para ver e graças à Netflix eu consegui. Já aviso que se trata de um sci-fi de suspense e ideal para os fãs de programação, vamos então à crítica!

Diretor: Alex Garland
Elenco: Domhnall Gleeson (como Caleb); Alicia Vikavander (como Ava) e Oscar Isaac (como Nathan)
Classificação Indicativa: 14 anos
Duração: 1h48 min

Sinopse:
Caleb é um rapaz que ganhou um sorteio e poderá passar uma semana ao lado do empresário Nathan, dono da empresa que Caleb trabalha, a Blue Book. O rapaz passará uma semana ao lado do empresário para que consigam dar o próximo passo da humanidade: a criação de uma verdadeira inteligência artificial.


Como o filme funciona?
Primeiro, vamos falar de algo que é crucial para compreender o filme (é explicado no filme essa teoria, mas ainda sim falarei aqui): o Teste de Turing. 
Este simpático sujeito é Alan Turing, um dos pioneiros na ciência da computação

Alan Turing (1912 - 1954) foi um lógico, um matemático e um gênio sendo um dos pioneiros na computação, sendo um autor que é crucial ao falarmos de Computação e Programação, ele foi responsável por resolver enigmas e códigos nazistas durante a 2ª Guerra Mundial para que os Aliados vencessem; além disso Turing seria estudado em diversos ramos do conhecimento, desde a Filosofia até a Programação (ou seja, ele é uma das grandes mentes do século XX). O Teste de Turing é uma tese criada pelo matemático que trabalha com a ideia (resumidamente falando) de que, ao interagirmos com um computador e não sabemos que se trata de um computador significa que estamos lidando com uma IA  (Inteligência Artificial) e essa IA passaria no teste. 
O filme trabalha com essa ideia como pivô de tudo. Caleb precisa testar Ava, a IA criada por Nathan, para que ela seja aprovada e assim a tecnologia daria um passo monstruoso. Um dos momentos o protagonista fala ao Nathan que o homem chegaria num status de Deus, conseguindo criar seres como bem entendesse - o que levanta algumas boas questões filosóficas.
A segunda coisa a se falar é que o filme trabalha com "sessões", justamente por causa do Teste de Turing, cada sessão representa um dia que Caleb fica com Nathan em sua ilha paradisíaca, ou seja 7 sessões, uma mais tensa que a outra ao passo que a trama se desenvolve e começamos a desconfiar sobre a personalidade de Nathan.


Destaques:
Um destaque especial para esse filme é a sua bela fotografia, acompanhada de lindíssimos efeitos especiais. Como o filme é ambientado inteiramente na casa de Nathan, o cenário é reduzido, contudo isso não o torna feio, pelo contrário, ele se mostra lindo e admirável, fazendo um belo contraste com a trama "científica e robótica" que o filme trata com a natureza que cerca a casa do empresá bilhonário.

Vale a pena assistir?

Não há muito o que falar sobre o filme, ele é bem direto, nada muito arrastado, uma trama muito bem desenvolvida, belos efeitos especiais e fotografia. Existem diversas reflexões que podemos fazer sobre essa tal "evolução da espécie", será que as maquinas nos superarão? Se sim, em quê? Eles podem pensar e sentir como humanos? Não? Se sim, por quê? E se elas pudessem, o que tornaria o ser humano único? O que nos separa das máquinas? Mas essas reflexões ficam para os interessados no assunto mesmo, os demais podem apenas curtir um bom suspense.
Nota: 3,5/5

Curiosidade:
-Em um momento do filme, Ava fala sobre o nome da empresa de Nathan, a Blue Book, que é uma referência aos escritos de Wittgenstein. Ludwig Wittgenstein é um dos mais importantes filósofos da linguagem do século XX, sendo conhecido por pensar a linguagem a partir de um sistema de regras (é um filósofo complexo, mas achei legal o fato de citarem ele no filme, nada mais justo né? Falar de um filme de programação tratando de Turing e fazer referência a Wittgenstein para uma empresa de pesquisa online, equivalente à Google)


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