Uma vida conjugal:

Quem são Guy e Rosemary, afinal? Rose é uma dona de casa, casada com Guy, um ator que constantemente procura por emprego. Eles são um casal jovem, que agora estão felizes por conseguirem morar em um antigo apartamento em Nova Iorque, embora seu amigo Hutch (Maurice Evans) disse que aquele lugar seria inapropriado por conta de histórias de seus antigos proprietários. Porém, ignorando seu amigo, o casal decide fazer a mudança de casa.

Com a mudança, Guy segue procurando por vagas, fazendo testes para papéis nos teatros da grande New York, enquanto Rose só consegue pensar nas tarefas domésticas e sua vida ao lado do seu amor. Toda essa rotina romântica se quebra quando somos apresentados à Terry, uma vizinha que possui um colar com cheiro forte e fala de sua vida como ex-viciada em drogas que foi adotada; mas poucos dias depois Terry é encontrada morta por suicídio, o que nos apresenta seus pais: os Castevets, e daí em diante a história só fica mais assustadora, quando passamos a acompanhar a aproximação de Guy com os Castevets, enquanto Rosemary inicia sua perturbadora gestação.

Sem darmos muitos spoilers aqui, podemos dizer que Rose entra numa verdadeira espiral de terror sem fim, disposta a fazer qualquer coisa para proteger a si, seu bebê e marido. E esses acontecimentos suspeitos que nos prendem por 136 minutos de duração do filme.

Opinião:

"O bebê de Rosemary" é uma das obras mais interessantes de terror dos anos 60, porque traz um ar de cinema europeu em meio a produção hollywoodiana, contando com um enredo muito angustiante, poucas cenas de violência bruta -  enfatizando mais o aspecto psicológico do terror, e também possui ótima direção.

É verdadeiramente difícil fazer críticas sobre filmes que são de tal modo influentes que, mesmo após cinquenta anos de seu lançamento, ele ainda possa ser utilizado como uma baita referência para o que temos de terror hoje no cinema. Principalmente quando pensamos em tramas de terror que envolvem alguma... como podemos dizer isso? "Ordem" por trás dos panos.

 

Cabe lembrar que esta é apenas uma das versões do Bebê de Rosemary, sua primeira encarnação foi, naturalmente, de um livro, escrito por Ira Levin, e confesso que após ver o filme, a vontade de ler o livro aumentou muito, mas o mesmo não posso dizer para as demais versões em longa-metragem da obra, como a sequência em 1976, remake de 2008, porém talvez abriria exceção para a série de 2014, embora eu duvide que a qualidade seja tão boa quanto o filme de 1968. 

Em suma, devo dizer que "O bebê de Rosemary" não é um filme que soa datado, ele possui um ritmo que ainda faz dele um longa-metragem bastante agradável de assistir, cativando mesmo pessoas mais jovens que não gostam tanto dos "filmes cults", e mesmo essas pessoas poderão mergulhar neste universo assustador que a obra nos entrega. O filme é extremamente feliz com seu elenco e atuações, direção, fotografia e enredo: uma indicação certa para fãs de terror, e uma boa porta de entrada para quem deseja conhecer mais do gênero.