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Fate: A saga Winx. Você irá querer ser uma delas?

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 Olá iniciantes, como vocês estão? Eu sei que " O Clube das Winx" foi com toda certeza um marco na infância de diversos jovens da geração Z, como foi na minha. Mas o que dizer do primeiro reboot polêmico do desenho que crescemos assistindo


Imagem: reprodução Netflix.




ORIGENS


O Clube das Winx é um cartoon infantil italiano, estreado em 2002, que conta a história da fada Bloom, que cresceu em uma dimensão não magica, sem saber da sua origem sobrenatural. Alem disso, a história acompanha e a sua saga juntamente a suas melhores amigas: Stella, Flora, Musa, Tecna e Aisha, pela busca da potencialização maxima de seus poderes magicos.


A história original é feita para crianças, assim, sendo regada de cores vibrantes, transformações magníficas ao som de músicas chicletes e sempre tendo a história do episódio se resolvendo com o lindo poder da amizade. Por conta disso, a nova versão, sendo mais sombria e adulta, fez com que os fãs orignais extranhassem o conteúdo desde que os primeiros trailers foram lançados.


Imagem retirada de TodaTeen


WINX, MAS UM POUCO DIFERENTE.

A nova versão foi visada para um público que diverge do público alvo do material original. A ideia segundo os criadores originais da obra era revisitar esse mundo, mas com uma perspectiva mais madura e profunda, assim permitindo que os telespectadores de 2002 pudessem se reintroduzir ao mundo de fadas que eles tanto amavam, mas sem perder a paciência com a constante positividade das heroínas.

A ideia parece simples e fácil, mas acabou que a síndrome dos saudosistas, que antes só afetava a geração de nossos pais, finalmente atingiu os nascidos no final da década de 90 e começo da de 2000. Muito se reclamou da falta de brilho, da diferença nas tramas, a falta de transformação pomposa e certas mudanças na personalidade das fadas, além do corte (oficial) de duas das heroinas e outra polêmica que pretendo escrever sobre em seguida.

Nessa nova versão, Bloom é interpretada por Abigail Cowen, previamente conhecida por ser uma das três irmãs estranhas da também nova adaptação da Netflix, "O mundo Sombrio de Sabrina" (2018-2020), e nesta nova versão, sua personagem, previamente sempre sorridente e disposta, agora tem um passado mais sombrio e lida com seus problemas internos de uma forma muito mais real para uma jovem de 16 anos que descobriu que toda sua vida é uma mentira e que tem poderes sobrenaturais que não sabe controlar. Isso acabou sendo uma mudança incomodou muitos fãs do desenho antigo. 

Outra grande reclamação na mudança para a versão da Netflix foi da personagem Stella, atualmente interpretada por Hanna Van der Westruysen. A fada original sempre foi uma patricinha adorável, extremamente futil em certos momentos, mas nunca má intencionada. Em Fate, a personagem é muito mais arrogante, aparentando até ser maquiavélica em alguns episódios, mas tudo se explica conforme o decorrer da série conforme ficamos sabendo mais de sua posição de princesa herdeira, sua responsabilidades em relação ao titulo e as expectativas de sua mãe, a rainha de Solaria.  

Imagem retirada de PopBuzz

A POLÊMICA


Chegou o momento de falar do único motivo que eu acho plausível condenar a série antes de assistir ela; a troca de etnia de duas personagens. Tacnica também conhecida como "whitewashing".


A fada Flora, originalmente criada com ascendência latina de pele mais morena, foi trocada por uma nova personagem chamada Terra, feita por uma mulher branca. Pessoalmente, eu quase não assisti a série por causa dessa troca em especifico, pois essa mudança tinha pegado diretamente no meu sentimental. Flora sempre foi minha favorita enquanto eu crescia, principalmente porque era a única heroína da mídia naquela época que se parecia comigo. Ela tinha sido feita a semelhança de pessoas como eu, latino-americanos miscigenados com a pele cheia de melanina. Minha decepção foi grande quando eu soube que a única personagem que eu tive de espelho crescendo, agora se tornaria mais uma pessoa branca.


De certa forma, eu aprendi a perdoar e entender a mudança. Aparentemente foi difícil achar uma atriz com esses traços no Reino Unido, onde a série foi produzida, então os autores acharam melhor recriar a personagem, mas agora como prima da tão querida Flora, que com o possível sucesso desta temporada, poderá ser introduzida no futuro da história. Talvez com um orçamento maior, a busca pelas atrizes podera se ampliar um pouco mais.


Mas não há perdão aos produtores pela troca racial de Musa, uma personagem claramente oriental, por uma mulher branca. A comunidade oriental lá é por volta de 2% de toda população, assim eu não consigo crer que não tenha tido nenhuma jovem atriz desse grupo étnico preparada para fazer a nova versão da personagem.

Eu quero deixar bem claro que eu não estou criticando as atrizes Eliot Salt (Terra) e Elisha Applebaum (Musa), a qual eu creio que fizeram um excelente trabalho de atuação, mas sim da insensibilidade dos produtores em não terem percebido que o mundo está mudando e trocar a etnia de personagem de minorias sociais por personagens brancos não é mais aceitável.


Imagem retirada de POPSUGAR

OPINIÃO FINAL


Sendo bem sincero, a nova versão me surpreendeu positivamente, e muito. Como disse, estava com um pé atrás em relação a obra por causa da troca de atrizes, mas eu creio que isso possa ser "amenizado", com a introdução da personagem Flora original, sendo representada em sua etnia adequada em uma futura temporada, juntamente com a fada Tecna, que foi cortada dessa nova versão, podendo ser interpretada por uma jovem atriz de ascendência oriental para compensar o grande erro desta primeira temporada.

Agora, todas outras reclamações de fãs saudosistas, como a falta de roupa curta, o uso de somente um castelo e a condensação das três vilãs originais em uma só personagem, entre outras coisas, é algo que eu pessoalmente não levo em consideração. Estamos falando de uma primeira temporada de uma série de aventura para jovens adultos, nunca que seria liberado orçamento para mais dois castelos e outras duas personagens em posição de destaque. 

E em relação as roupas... 

Não sei muito que dizer, mas não creio que vestidos com Glitter (a qual eu adorava quando mais novo) casaria bem com este novo visual.

Eu vejo essa série, por mais que muito diferente em alguns aspectos, como um universo aparte. Como nos quadrinhos, animações e obras cinematográficas/televisivas da Marvel se passam todas em diferentes universos, temos que entender que a história de Fate será diferente pois é para uma outra mídia.

A série tem muito potencial para suprir os jovens que estão carentes de uma grande saga mágica, e tem potencial em se tornar tão icônica na cultura pop quanto o desenho original, mas para isso os produtores tem que escutar um pouco seu público original.

(Pelo menos na questão racial).


Foto retirada da internet.








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