Após os eventos de Cavaleiro das Trevas II, Frank Miller retorna ao universo de Cavaleiro das Trevas em A Raça Superior. Será que o novo Cavaleiro das Trevas é bom? Honra a camisa? Vamos ver!


Por estar sendo publicado no momento, o quadrinho não pode ser avaliado como um todo. Em um post futuro talvez analisarei o arco como um todo, ok?
O primeiro volume está sendo publicado aqui em terras tupiniquins  pela Panini Comics, custando R$9,90 (lançado em Abril de 2016, e por isso peço desculpas pela demora em postar, consegui recentemente a edição). Vale citar que o quadrinho acompanha um mini gibi com uma história a parte (falarei mais à frente).

O quadrinho roteirizado por Frank Miller, Brian Azzarello e desenhado por Andy Kubert (com Klaus Janson como arte-finalista) leva o leitor ao mundo de Dark Knight depois do sucesso do primeiro quadrinho, lançado em 1987, e a sequência do nem tão bem avaliado Dark Kinght II. Mas será que o quadrinho é bom? Vale a pena? Diria que sim, até o momento -  ou seja avaliando pelo volume 1, Cavaleiro das Trevas III se mostrou bom, nada espetacular, nem trágico como o seu antecessor.

A história é sequência direta do II, mas eu não li o DK II porque é sempre muito mal falado e preservo meu dinheiro, entretanto é fácil saber o que aconteceu ao final do volume 2 da trilogia. Mas se você quiser ler o DK II fica aqui o aviso de spoilers do final de Cavaleiro das Trevas 2!!



Basicamente o livro um se divide em 3 paralelas, a do Batman (novamente) sumido e dado como morto, a do Superman congelado e a da Mulher-Maravilha e suas amazonas. Em Gotham, alguém está agindo como vigilante, mas contra a polícia! Quem pode ser? Será que o Batman mudou de lado? Se sim, porquê? Em paralelo temos a [pasmem] filha do Superman com a Mulher-Maravilha visitando o local em que seu pai se encontra congelado enquanto sua mãe luta para proteger vilarejos e seus povos. De início todas as histórias são separadas, mas creio que os próximos volumes vão conectá-las.

Falarei aqui de uns pontos fortes do quadrinho. Antes de mais nada tenho o dever de falar sobre como o quadrinho funciona. Em 1987, Frank Miller escreveu o primeiro Cavaleiro das Trevas e a HQ tinha a televisão como manipuladora, falando de coisas inúteis ou acusando e defendendo o Batman; em DK III a fórmula se repete e agora temos o uso de balões de fala representando as mensagens por celular, mostrando que Gotham City não é um cidade presa na década de 80. Um segundo ponto forte é a arte. Andy Kubert homenageia os desenhos de Frank Miller a todo instante, seja nos ângulos cinematográficos que Miller desenhava, seja no próprio traço.

Revistinha extra: todas as 8 edições que A Raça Superior abordar vem acompanhada de um mini-comic, este que abordará um personagem da DC no universo DK. A primeira edição traz o Átomo como protagonista. A edição é desenhada pelo Miller (e dessa vez ele acertou os desenhos embora a capa da revistinha talvez não seja de agrado geral). A história é curtinha e bem escrita, mostra como o personagem em questão será introduzido no arco.



Conclusão:
Em suma, Cavaleiro das Trevas III: A Raça Superior é um bom quadrinho com potencial para ser consagrado. Sua trama ainda é um mistério, mas o quadrinho tem um desenrolar bem interessante e que te deixa mais e mais curioso pro próximo volume. Com lindos desenhos do Kubert, Miller e Azzarello escrevendo o roteiro, talvez esse seja o desfecho merecido para o Cavaleiro de Gotham.