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Sagarana - A hora e a vez de Augusto Matraga

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Olá pessoal! Como sabem, o livro de contos Sagarana é pedido em alguns vestibulares como a  Fuvest, então decidi fazer um post sobre o último conto do livro: A hora e a vez de Augusto Matraga.

Observação: temos outro post de mais um livro obrigatório para o vestibular, Vidas Secas de Graciliano Ramos, caso vocês queiram dar uma olhada é só clicar AQUI. 

Bem, voltamos para Sagarana...
Sobre o livro:
Vamos começar com o autor, nosso grandioso Guimarães Rosa. O livro tem uma oralidade bem acentuada mas que melhora em outras futuras do autor, como Grande Sertão: Veredas.
O foco narrativo da história que trarei a vocês é na terceira pessoa. A narrativa pode ser considerada linear, focando, na maioria das vezes no psicológico das personagens.
O espaço de A hora e a vez de Augusto Matraga é em Minas Gerais, mais especificamente, no interior do estado (divisão Minas Gerais e Bahia).
A linguagem expressa nos contos do livro não são formais nem tão comuns a maioria dos leitores. Guimarães Rosa acaba trazendo para sua obra uma linguagem típica (ele escreve como se as personagens realmente estivessem falando com o leitor) da região que ele está retratando no livro, fazendo com que o leitor se "mude" para o interior de Minas por algumas horas.
Guimarães também trabalha diferenças sociais, questões políticas, mas, por talento, acaba por transformar muitas dessas reflexões políticas e sociais em fantasia.
Além disso, Guimarães em Sagarana consegue fazer do sertão mineiro que ele retrata algo universal, ou seja, que naquele ambiente sertanejo ele consegue trazer elementos da vida que são universais.

Curiosidade: O nome Sagarana não existe propriamente; Saga = épico em alemão e Rana = conto em tupi, ou seja, um compilado de vários contos épicos.


Sobre o autor:
João Guimarães Rosa nasceu em 1908 e foi um importante autor brasileiro da terceira geração modernista ou pós-modernismo.
Formado em medicina, exerceu a profissão até 1934, quando ingressou na carreira diplomática.Além de médico e diplomata, mais por curiosidade, Guimarães era poliglota, ou seja, falava diversas línguas diferentes.
Sua primeira obra foi Magma, um livro de poemas (que fora publicado depois da morte do autor).
Foi em 1946 que estreou com um livro de contos que entrou para a história Sagarana. Dez anos após o sucesso dos contos, lançou outro livro clássico da literatura brasileira, Grande Sertões:Veredas.
Foi chamado para fazer parte da Academia Brasileira de Letras desde 1963, mas só aceitou o posto em 1967, falecendo três dias após ter assumido o posto.

A hora e a vez de Augusto Matraga:
O conto começa falando de Nhô Augusto, um homem poderoso, casca grossa, valentão, que adorava um rabo de saia, tinha sempre ao seu lado vários homens para ajudá-lo em diversos serviços (sujos, vale a pena constar).
É casado com Dionóra e tem uma filha com a moça, Mimita, mas dificilmente dá valor a elas, tanto que Dionóra já tinha planos de "fugir" com outro homem (Ovídio) e levar a filha junto; tem até um momento do livro que Mimita pergunta a mãe o porque Nhô Augusto não gosta delas, mas Dionóra não sabe responder.
Ao lado de Augusto tem seu fiel amigo e mensageiro Quim, sempre indo e vindo com recados dele e para ele.
No dia que Quim conta a Nhô Augusto que Dionóra havia fugido com Ovídio, ele manda o capiau ir chamar seus homens para se acertar com Ovídio e Dionóra, mas quando Quim volta, ele volta sozinho, dizendo a Nhô Augusto que nenhum dos homens vem.
Quando Nhô Augusto chega onde os homens estão, eles falam que não vão ajudá-lo porque o mesmo não pagou o que devia a eles e nisso todos os homens, menos Quim, começam a espanca-lo e já meio tonto os homens acabam levando-o para uma casinha abandonada em  um vilarejo distante onde pretendem matar Nhô Augusto.
Quando um deles coloca ferro quente em uma das nádegas de Augusto, este levanta de dor e acaba por cair do morro que ficava nas redondezas.
Os homens, perdendo-o de vista, decidem ir embora, mas nisso, Nhô Augusto é acolhido e tratado por um casal de negros (gente que ele odiava antes do incidente).
Após um tempo na casa simples e com a convivência com o casal, Nhô Augusto começa refletir sobre sua vida, como a levava antes de tudo acontecer; começa também a ter hábitos religiosos, coisa que não tinha.
Para vocês saberem o que aconteceu com Nhô Augusto no final do conto, é só ler! Não é um conto muito extenso, prometo.
Bem gente, é isso, espero que tenham gostado e até a próxima!




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